Uma nova pesquisa da Gallup, divulgada na segunda-feira (25), mostrou que a maioria dos americanos raramente ou nunca vão à igreja ou a outros locais de culto.
Mais da metade dos americanos (56%) afirmaram que raramente ou nunca participam das celebrações de sua fé.
O número dos que não vão à igreja é maior que a taxa daqueles que frequentam cultos semanalmente ou mensalmente (30%).
O estudo entrevistou fieis de diferentes religiões sobre a frequência aos serviços religiosos, nos Estados Unidos.
Entre os americanos que não seguem nenhuma religião, 95% respondeu que raramente ou nunca frequentam a igreja.
Mais da metade dos judeus, budistas, hindus e cristãos ortodoxos disseram o mesmo, que raramente comparecem.
No grupo dos religiosos mais ativos, os santos dos últimos dias (67%) são os que mais vão à igreja semanalmente, seguidos pelos protestantes (44%), muçulmanos (38%) e católicos (33%).
De acordo com os dados do estudo, a porcentagem de americanos que nunca frequentam a igreja mais do que duplicou desde o início da década de 1990. Já o número daqueles que raramente frequentam se manteve o mesmo.
Uma pesquisa da Gallup, feita em 1992, apontou que a taxa das pessoas que frequentavam o local de culto semanalmente (34%) era maior do que a do grupo que nunca frequentava (14%).
Razões para o declínio da frequência
O editor sênior da Gallup, Jeffrey Jones, explicou os fatores que explicam a queda no número de frequentadores.
Ele citou a mudança de comportamento das novas gerações, em que os mais jovens estão menos propensos a se identificar com alguma religião ou terem sido criados em alguma fé.
“Se você foi criado em uma religião e se afastou, você pode voltar a ela. Os mais jovens, muitas vezes, não foram criados em nenhuma religião. Então eles não têm nada para voltar”, observou Jeffrey.
O declínio da fé também é percebida nas demais gerações, com os americanos se identificando como cristãos cada vez menos, levando a uma menor frequência nas igrejas.
Outro fator que contribuiu para o declínio da participação nos cultos, segundo Jeffrey, é a perda de fé nas instituições religiosas por parte dos americanos.