Randy Clark: o pastor que viu o avivamento de Toronto se estender em curas no Brasil

Em entrevista exclusiva ao Guiame, o pastor Randy Clark compartilhou a história de seu ministério e como capacitar cristãos a orar por enfermos.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quarta-feira, 1 de dezembro de 2021 às 21:18
Randy Clark durante entrevista ao Guiame. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)
Randy Clark durante entrevista ao Guiame. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)

O pastor Randy Clark foi um dos protagonistas do avivamento de Toronto, mas encontrou no Brasil a ‘terra de sua unção’. O pastor americano já pregou mais no Brasil do que em seu país natal e testemunhou mais curas nas cidades brasileiras do que em qualquer outro lugar.

“Eu não tinha visto cegos verem, até chegar ao Brasil. Tenho maior favor de Deus aqui do que nos Estados Unidos. Eu quero continuar focando no Brasil, porque é a terra da minha unção”, disse Randy Clark em entrevista exclusiva ao Guiame.

A entrevista foi realizada na conferência Voz dos Apóstolos, idealizada por Randy Clark, que já acontece há 20 anos nos EUA e foi realizada pela primeira vez no Brasil em outubro.

Randy fez parte da “Bênção de Toronto”, em janeiro de 1994, um dos mais recentes avivamentos da história da Igreja Evangélica. Mas os frutos desse avivamento foram semeados muitos anos antes, em um processo gradativo.

“Tudo começou quando eu tinha 18 anos, quando eu sofri um acidente de carro e quase morri. O homem sentado ao meu lado, um dos meus melhores amigos, morreu no acidente. Eu tive muitas situações de risco de vida daquele acidente e eu fui curado”, relatou o pastor.

Trinta dias após o acidente, Randy foi chamado para o ministério pastoral. Apesar de sua formação batista tradicional, ele sempre se interessou no ministério de cura de Jesus, mas havia visto poucas curas em sua vida. “Eu estava no ministério há 14 anos e eu podia contar em uma mão o número de curas que eu tinha visto”, lembra.

Veja a entrevista completa: 

Enquanto buscava viver um romper de Deus, Randy foi guiado a fazer uma conferência sobre cura em sua Igreja Batista em St. Louis. Depois da pregação de um preletor convidado, o Espírito Santo visitou aquela comunidade.

“Eu estava buscando isso semanas, meses antes de isso acontecer. Quando a equipe veio, minha esposa foi curada fisicamente e emocionalmente. Eu fui tomado de poder”, relata Randy.

Depois daquela conferência de três dias, o pastor começou a orar pelas pessoas e, pela primeira vez, elas passaram a ser cheias do Espírito Santo e se mover nos dons.

Quase uma década depois, em agosto de 1993, Randy foi levado por Deus a uma conferência com um evangelista que era conhecido pela transferência de unção. Ali, ele recebeu um toque especial de Deus que mudou seu ministério para sempre.

“Deus disse a ele que ele iria impor as mãos sobre 1000 pastores que o ajudariam a carregar um avivamento no mundo todo. Quando soube disso, clamei a Deus: Eu quero ser um daqueles 1000”, conta Randy. 

Como resultado disso, ao voltar para sua igreja local no domingo seguinte, os membros foram cheios do Espírito — alguns tiveram visões, outros foram curados e tiveram encontros sobrenaturais.

Uma coisa foi levando à outra: Randy foi convidado para pregar em uma reunião regional do meio-oeste dos EUA e o mesmo aconteceu. Como resultado disso, ele foi convidado para pregar em Toronto, no Canadá, em janeiro de 1994, e o mesmo aconteceu.

“Pessoas foram curadas de doenças terminais na primeira noite em Toronto. Mas a cura não foi uma grande ênfase do primeiro ano em Toronto para mim”, observa o pastor.

Um ano depois, em janeiro de 1995, Randy passou três semanas em cultos na Flórida e Carolina do Norte. Nesse período, ele lembra que “algo mudou” em sua caminhada. “Nessas três semanas, vi mais curas do que nos primeiros 24 anos de ministério”, afirma.

“Ninguém tinha orado por mim. Não tinha recebido uma transferência de unção. Eu estava clamando a Deus por romper. Até mesmo Toronto foi a causa disso, foi minha fome de mais para ver as pessoas serem curadas. Não era ver mais pessoas caindo, nem mais pessoas tremendo, eu queria ver mais pessoas serem curadas”, ressalta Randy.


Randy Clark durante ministração na Voz dos Apóstolos 2021. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)

Outro ponto de virada em seu ministério foi uma visita à Bethel Church, liderada pelo pastor Bill Johnson em Redding, na Califórnia. Randy observa que “eles viam curas semanalmente”, e ali ele teve uma grande lição de fé. “Vimos centenas de curas e o que costumávamos ver nos cultos era cerca de 30 curas”, avalia.

No Brasil, Randy revela que já chegou a presenciar cultos onde 90% das pessoas receberam algum tipo de cura física ou diminuição dos sintomas.

Todos podem orar por cura

Uma das ênfases do ministério de Randy Clark é impulsionar cristãos a andar como Jesus e seus discípulos andaram: pregando as boas-novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.

“Se você compreender os caminhos de Deus, isso te ajudará a ter fé. Para mim, fé não é sobre o que eu posso obter, fazer ou declarar, mas sim o seu entendimento dos caminhos de Deus. Já que eu sei que é a vontade Dele fazer isso, isso cria fé — vai acontecer”, esclarece.

Por que alguns não são curados?

Randy destaca que é impossível ter a resposta sobre o por que algumas pessoas não são curadas, mas observa que muitos chegam a “culpar” a soberania de Deus quando isso acontece.

“Uma vez o Senhor me mostrou algo: Quero fazer mais do que você pensa que Eu quero fazer. E você precisa me pedir mais”, conta. “Então Ele disse: de acordo com sua medida de fé. Ele não estava falando sobre a medida de fé da pessoa enferma, Ele estava falando sobre a medida da fé do ministro”.

“Eu acredito que a soberania é parte da resposta. Mas enfatizamos demais, pois não assumimos responsabilidade suficiente pela pessoa que ministra, para ter mais entendimento, e com esse entendimento mais fé, e então veremos mais. Mas eu seria tolo em dizer que a soberania não tem nada a ver com isso, porque tem”, acrescenta. 

“Vemos a soberania de Deus até mesmo quando Ele dá palavras de conhecimento específicas. Tudo isso é soberania. Não podemos escolher quais são as palavras e quais ressaltamos”, continua o pastor.

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