Pesquisadores analisaram a liberdade religiosa de crianças e jovens abaixo de 18 anos, nos 50 países onde os cristãos são mais perseguidos. Levando em conta a idade, o gênero e a fé, o resultado mostrou que as meninas são as mais vulneráveis.
“Pontos de pressão relacionados, como sequestro e tráfico, também contribuem para um padrão que torna meninas um alvo, devido a sua pureza sexual e possibilidade de casamento”, explicam os pesquisadores.
Em zonas de conflito, os riscos aumentam ainda mais. No Nordeste da Nigéria, por exemplo, o grupo militante islâmico Boko Haram sequestra meninas de escolas, sendo os casos mais famosos o das meninas do Chibok e o da adolescente Leah Sharibu, sempre com objetivo de casá-las com seus combatentes, conforme a Portas Abertas.
Alguns casos conhecidos
Uma menina nigeriana de 17 anos escapou após ser sequestrada e forçada a se converter ao islamismo. No Irã, uma menina de dois anos foi levada dos pais adotivos porque eles se converteram ao cristianismo.
Esses são apenas alguns exemplos de situações vividas por meninas cristãs em países onde há perseguição religiosa.
“A discriminação torna crianças e jovens um alvo por meio da manipulação de suas escolhas, a curto e longo prazo. Isso influencia diretamente na formação de sua identidade e nas situações da vida adulta”, afirma o relatório de Perseguição Religiosa Específica para Crianças e Jovens 2021.
Enquanto as meninas enfrentam sequestros, estupros, casamentos forçados e discriminação, a principal ameaça para os meninos é o recrutamento para milícias.