O pastor canadense Artur Pawlowski agora está livre para abordar qualquer assunto em seus sermões. Um Tribunal de Apelação suspendeu uma ordem judicial que obrigava o pastor a ecoar publicamente as opiniões de especialistas médicos sobre a Covid-19 em sua igreja.
Pawlowski, que é pastor da Street Church e The Cave of Adullam em Calgary, na província de Alberta, se tornou conhecido por sua oposição às restrições das autoridades sobre os cultos presenciais.
O site Rebel News, uma agência de notícias canadense que tem apoiado Pawlowski em sua batalha legal, anunciou na quinta-feira passada (25) que “o Tribunal de Apelação de Alberta suspendeu a sentença dada ao pastor Artur Pawlowski”.
Ezra Levant, fundador da Rebel News, considera os antigos termos “inconstitucionais” e se diz otimista. “Não é a batalha final, mas é um ótimo começo para o que espero seja um final voltado para a liberdade”, afirma.
A decisão, emitida em 15 de outubro pelo juiz do Tribunal Superior de Alberta, Adam Germain, exigia que o pastor repetisse “a maioria dos médicos especialistas em Alberta” a respeito do distanciamento social, uso de máscaras e vacinas, mesmo quando fala na igreja.
Além disso, o juiz indicou um texto para ser dito pelo pastor quando estivesse “em uma reunião pública”, incluindo as redes sociais.
“Estou ciente de que meus pontos de vista podem não ser defendidos pela maioria dos especialistas médicos em Alberta. Embora eu possa discordar deles, sou obrigado a informar que a maioria dos especialistas médicos é favorável ao distanciamento social, uso de máscaras e evitar grandes multidões para reduzir a disseminação da Covid-19. A maioria dos médicos especialistas também apoia o programa de vacinação, a menos que por uma razão religiosa ou médica válida você não possa ser vacinado. As vacinações demonstraram, estatisticamente, salvar vidas e reduzir a gravidade dos sintomas da Covid-19”, diz o texto sugerido pelo juiz, para que fosse recitado por Pawlowski.
Pawlowski se alegrou com a decisão do tribunal e relembrou como se sentiu quando soube que não precisava mais fazer “horríveis discursos forçados da Coreia do Norte” sempre que criticava as restrições da Covid aos cultos e os mandatos da vacina.
“Talvez haja alguns juízes neste país que ainda valorizam a liberdade de discurso, a liberdade de expressão, a Carta de Direitos e Liberdades e o código de conduta criminal”, disse o pastor.