No início do ano, alunos das escolas públicas de Madison, capital de Wisconsin (EUA) tiveram que cumprir uma atividade que os levaram a "fingir que eram muçulmanos", enquanto alunos da Flórida foram instruídos a "recitar os Cinco Pilares do Islã como uma oração, fazer tapetes de oração islâmica e executar outras rituais muçulmanos".
Agora, os alunos do estado de Tennessee estão sendo atribuídos a escrever uma declaração afirmando que Alá é supremo e ler livros que narram doutrinas islâmicas e fatos em torno de suas crenças, segundo informou o Centro Americano para a Lei e a Justiça (ACLJ) nesta segunda-feira (14). Os pais desses alunos organizaram protestos contra este tipo de ensino, e uma petição já reuniu mais de 120 mil assinaturas voltadas à ACLJ.
A ACLJ condenou o ato dessas escolas e o classificou como inconstitucional. "A doutrinação de estudantes com os preceitos de se converter ao Islã e forçá-los a recitar "Alá é o único Deus" não são temas sensíveis, é inconstitucional. Imagine o clamor da Fundação Livre de Religião (FFRF) e outras organizações ateístas se fosse distribuído um guia de estudos afirmando que "Jesus é o Filho de Deus", e as crianças fossem obrigadas a recitar a "oração do Senhor", disse a organização.
Jan Hanvey, uma supervisora de ensino médio para Maury County Public Schools, disse que o currículo cobre o assunto há décadas, e budismo e hinduísmo também são abordados. Ela acrescentou que o capítulo sobre o cristianismo não foi ignorado, mas sim adiado.
Agora, a ACLJ está tomando medidas. "É um princípio constitucional claro que a educação pública não pode doutrinar a mente dos jovens em uma religião. Os professores e as escolas podem ensinar o que diferentes tradições de fé acreditam e como isso tem afetado a história mundial e a geografia. Mas a escola não pode censurar o cristianismo e promover o Islã".