Em campanha para ser nomeado ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado-geral da União, André Mendonça, já conquistou apoio de pelo menos um terço do Senado.
Mendonça foi escolhido oficialmente pelo presidente Jair Bolsonaro, no dia 13 de julho, para ocupar a vaga do agora ex-ministro Marco Aurélio Mello no STF, que se aposentou da Corte depois de 31 anos de serviço.
Para ser aprovado, ele precisa do apoio da maioria absoluta do Senado, ou seja, de 41 dos 81 parlamentares. Nascido em Santos (SP), André Mendonça é advogado da União desde 2000. Em janeiro de 2019, assumiu como ministro da AGU Advocacia-Geral da União). Antes disso, de 1997 a 2000, Mendonça foi advogado da Petrobrás Distribuidora.
Posicionamento cristão
Sendo pastor da Igreja Presbiteriana, Mendonça tem sido interrogado por jornalistas sobre sua influência religiosa no cargo. Ele afirma ter sua fé muito bem estruturada, mas que isso não pode ser um fator de influência na tomada de decisões.
“Qualquer que seja a religião, no âmbito de nossa atuação profissional, temos que respeitar a Constituição e as leis. Essa deve ser a baliza de qualquer jurista, advogado ou magistrado”, respondeu em entrevista ao UOL.
Antes, porém, de falar sobre política e trabalho ele esclareceu sobre sua fé. “Minha crença está em Deus e minha crença está em Jesus Cristo, como aquele que morreu por mim”, disse.
Sobre o apoio recebido
Desde antes de ser oficializado como o nome de Bolsonaro para a vaga, Mendonça já vinha visitando os gabinetes dos senadores para angariar apoios. Vários senadores relataram à reportagem terem ficado com uma boa impressão do advogado-geral depois de conhecê-lo pessoalmente.
O apoio parte principalmente de senadores governistas como Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Jorginho Mello (PL-SC), Ciro Nogueira (PP-PI) e Márcio Bittar (MDB-AC), mas extrapola esse grupo. O candidato a ministro recebeu elogios, por exemplo, da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).