Ao lado de Trump, Bolsonaro critica ideologia de gênero e defende respeito à família

Presidente brasileiro cumpriu principal compromisso da agenda oficial, que foi reunirão com Donald Trump na Casa Branca.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: terça-feira, 19 de março de 2019 às 19:09
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca. (Foto: Brendan Smialowski/AFP)
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca. (Foto: Brendan Smialowski/AFP)

Jair Bolsonaro foi recebido pessoalmente pelo presidente americano Donald Trump, às 12h05 desta terça-feira (19) na Casa Branca, em Washington, onde o presidente brasileiro cumpre a principal agenda da visita oficial aos Estados Unidos. Os dois chefes de estado estiveram reunidos a sós durante 20 minutos para conversarem sobre pontos principais da agenda comum.

Na sequência, Bolsonaro e Trump concederam uma breve entrevista coletiva no Salão Oval. Temas como China, Venezuela, comércio e relacionamento entre os dois países foram respondidos, de forma rápida.

Durante sua fala, Bolsonaro disse estar honrado por estar nos Estados unidos, país que admitiu admirar e que o Brasil passa a ter maior proximidade com os Estados Unidos.

“É uma satisfação estar no Estados Unidos depois de algumas décadas de presidentes [brasileiros] antiamericanos”, disse Bolsonaro, afirmando que o Brasil mudou a partir de 2019 e que há “muita coisa a oferecer de um [país] para o outro”.

Bolsonaro disse que “os nossos povos têm muita coisa em comum” e que é um desejo fazer o “Brasil grande e mais do que nunca engajado com os EUA motivo de orgulho e satisfação”.

“O Brasil e os Estados Unidos também estão irmanados na garantia das liberdades, no respeito à família tradicional, no temor a Deus, nosso Criador, contra a ideologia de gênero, o politicamente correto e as fake News”, declarou o presidente brasileiro em pronunciamento na Casa Branca.

Os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump trocam camisas de futebol durante encontro na Casa Branca. (Foto: Brendan Smialowski/AFP)

Aliança Brasil-Estados Unidos

Trump afirmou que no relacionamento entre os dois países anteriormente havia “bastante hostilidade”, mas que agora há uma “aliança com o Brasil como jamais tivemos”. Os dois presidentes trocaram presentes semelhantes: Bolsonaro recebeu camisa oficial da Seleção Americana de futebol, com seu nome inscrito nas costas e o número 19 (em referência à data do encontro) e Trump recebeu uma camisa oficial da Seleção Braasileira de Futebol, com seu nome nas costas e o número 10, utilizado por Pelé.

Ao ser perguntado sobre o país vizinho do Brasil que enfrenta a pior crise política e humanitária, Trump disse que todas as opções estão na mesa quando se trata de Venezuela. “É uma vergonha a morte, a destruição e a fome na [Venezuela]. É difícil acreditar que um dos países mais ricos do mundo esteja tão empobrecido”, disse o presidente americano, que chamou Nicolas Maduro de “marionete de cuba”.

Sobre o Brasil, Trump disse ainda que “ansiamos por trabalhar por parcerias e estabelecer fortes laços econômicos entre as duas nações, que devem ser baseados em justiça e reciprocidade”.

O presidente americano disse ainda que irá apoiar a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), ser membro da organização funciona como uma espécie de selo de qualidade de políticas macroeconômicas, e estimularia investimentos no país. “Queremos ajudar o Brasil a chegar à posição de país desenvolvido”, revelou.

Ao agradecer a hospitalidade recebida pelo governo americano, Bolsonaro convidou Donald Trump para visitar o Brasil. “Será muito bem recebido pelo povo brasileiro, temos muita coisa em comum”.

Bolsonaro finalizou seu pronunciamento no Rose Garden, jardim que fica em frente ao Salão Oval, desejando que “Deus abençoe o Brasil e que Deus abençoe os Estados Unidos da América”.

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