Na última quinta-feira (14), a Câmara de Deputados da Argentina aprovou um projeto de lei que propõe a legalização do aborto. Agora, o texto segue para o Senado.
Para ser aprovado, o projeto precisava de no mínimo 128 votos e passou em uma votação de 129 contra 125 e uma abstenção.
O projeto de lei visa legalizar o aborto livre - sem necessidade de autorização judicial - até a 14ª semana de gestação. Atualmente, na Argentina o aborto é permitido apenas em casos de estupro ou risco para a vida da mulher.
O debate no plenário da Câmara durou mais de 20 horas em um ambiente de nervosismo, devido à imprevisibilidade do resultado. Os deputados estavam divididos.
Manifestantes pró e contra a legalização do aborto também fizeram vigília do lado de fora do prédio do Congresso em Buenos Aires.
Ainda não se sabe quando o projeto será debatido no Senado. Segundo o jornal argentino "Clarín", deve demorar apenas uma semana até que o projeto ganhe status parlamentar no Senado. A expectativa é que a votação no Senado aconteça já em setembro deste ano.
O resultado foi recebido com euforia pelas manifestantes pró-aborto, como grupos feministas e outros simpatizantes.
Em uma publicação do Facebook, o escritor, jornalista e pedagogo cristão, Magno Paganelli comentou a aprovação do projeto e a reação eufórica das feministas.
"Dezenas de mulheres literalmente a pular, sorrir e gritar, felizes, na porta da câmara dos deputados na Argentina.
O que leva essas mulheres a um comportamento assim pela aprovação parcial (o projeto de lei irá para o Senado) da LEGALIZAÇÃO DO ABORTO?", relatou. "Isso é doentio, mórbido".