A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023 marca a nona edição do torneio realizado pela FIFA. O campeonato, que teve início no sábado (20/07), está sendo sediado na Austrália e na Nova Zelândia, sendo a primeira vez que dois países hospedam os jogos, que contam com 32 seleções.
Como forma de mostrar o amor de Deus para as jogadoras que estão participando da competição mundial, Rosie Woodbridge, que escreve para a Christians in Sport, fez uma carta aberta, na qual descreve a mistura de emoções e sentimentos vividos pelas atletas.
Considerada uma ótima jogadora de frisbee, Rosie frequenta uma igreja evangélica em Basingstoke, no Reino Unido, com seu marido Tom e sua filha.
Assim que a competição teve início na Austrália, Rosie escreveu a carta endereçada a todas as jogadoras que estarão em campo ou que carregam o peso de suas próprias expectativas sobre seu desempenho na competição.
“Não se preocupe, Deus te ama, ganhe ou perca”, diz Rosie, que escreve ocasionalmente para os cristãos no esporte.
Emoções e sentimentos
Por ser cristã e atleta, Rosie demostrou sua sensibilidade ao colocar o conhecimento do Evangelho acima de qualquer que seja o resultado dos times na competição.
Como se estivesse na pele das jogadoras, escreveu: “Estamos treinando para esse momento há longos meses, anos até. Sonhando com isso por mais tempo. Que jornada tem sido. Mas já estamos prontas”.
E questiona sobre o sentimento antes de cada partida: “Qual será a sensação de atravessar o túnel e entrar em campo?”.
Ela também descreve o estado emocional que antecede a entrada em campo: “Enquanto a multidão aplaude e enfrentamos a oposição, o momento do destino nos aguarda. Milhões em todo o mundo estão assistindo, a pressão está aumentando. Parece que o peso do país, até do mundo, está sobre nossos ombros.”
“Eu tento manter o foco no plano de jogo, mas as perguntas surgem em minha mente: Como vou jogar? Vou brilhar ou vou desmoronar? O que o mundo vai pensar de mim? Eles vão se lembrar do meu nome? Vou ficar como uma lenda na história?”, escreve.
E continua descrevendo os possíveis questionamentos na mente das atletas: “Ou é melhor se esconder, assim corre menos risco de errar e ser lembrado pelos motivos errados? Meus companheiros de equipe vão me apoiar? Meu treinador ficará satisfeito?”
Toda expectativa que uma atleta pode ter sobre si e seu desempenho, é colocada na carta por Rosie.
“As câmeras estão em mim. Eu pareço bem? Estou exibindo a imagem de mim mesmo que espero? Vou dar uma boa impressão do esporte feminino? Posso inspirar a próxima geração de garotas?”, registra.
E aí começam os temores:
“Como vou lidar se não vencermos? Como vou lidar se eu tiver um desempenho ruim? Se eu me machucar? Isso me torna um fracasso? Vou decepcionar outras pessoas? Vou me decepcionar? Ainda serei amada?”.
Mesmo que haja sucesso, a jornalista não esquece de apontar as possíveis insatisfações: “E, no entanto, como se sentirá se vencermos? Se conseguirmos tudo o que sempre sonhamos? Será o suficiente? Serei suficiente?”.
Boas notícias
Ao escrever a carta aberta para as atletas do futebol, Rosie disse que “estas são perguntas de todos nós no esporte – mas também em qualquer tipo de ambiente de desempenho, seja escola, faculdade ou trabalho – enfrentamos”.
“Mas a Bíblia tem boas notícias para nós enquanto lutamos com essas questões”, avisa.
“O mundo nos diz que precisamos realizar para sermos valorizados, para sermos suficientes, para sermos amados. O esporte nos diz que somos tão bons quanto nosso último jogo, tão bons quanto nossas conquistas. Então, o que acontece quando perdemos? O que acontece quando falhamos?”.
Rosie diz que mesmo que parecer que “perdemos algo de nós mesmas” ou “parecer que estamos incompletas ... a Bíblia nos conta uma história melhor”.
Citando Romanos 5:8 [Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco nisto: Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores], ela diz que “Jesus Cristo demonstra seu amor por nós da maneira mais incrível”.
“É chocante; é extremo. O próprio Deus está em uma cruz. A própria vida é condenada à morte”, escreve.
“Por quê? Por causa de todas as nossas boas ações? Nossa perfeição moral? Por causa de nossas conquistas na vida? Por causa do nosso desempenho em campo?”
E esclarece: “Não. Foi antes de tudo isso. Enquanto ainda éramos pecadores. Quando não tínhamos nada para oferecer. E mesmo assim, somos amadas”.
Rosie mostra que o amor de Deus não está atrelado ao desempenho de cada atleta ou qualquer característica humana.
“Não com base no nosso talento. Não com base no nosso desempenho. Não com base em nossa aparência. Não com base na nossa fama. Não com base no nosso sucesso”, diz.
“Mas com base em Deus que é amor. Cujo amor nunca falha, nunca seca. Ele te ama porque te ama”.
O Evangelho dá confiança
Rosei diz que “quando o Evangelho toca o seu coração, você pode entrar em campo com confiança”.
“Se você ganha ou perde, se você falha ou tem sucesso; se você oferece a performance de sua vida ou uma performance que parece a morte; se você passa 90 minutos em campo ou no banco; quer você marque ou sofra, você sabe que é amado. O criador do universo ama tanto você que estava disposto a morrer por você quando não precisava. Nada pode mudar isso”, declara.
E conclui: “Você é mais que uma jogadora de futebol. Você é mais que uma esportista. Você é mais que seu corpo. Você é mais do que seus sucessos ou fracassos. Não deixe que isso defina você. Você é amada. Isso é quem você é”.