A Disney demitiu seu CEO, Bob Chapek, em meio a um declínio financeiro e a críticas ao conteúdo LGBT introduzido nas produções infantis nos últimos anos.
No domingo (20), a Walt Disney anunciou que Bob Iger, ex-presidente-executivo da companhia e que já estava aposentado, retornou ao cargo para substituir Chapek.
Segundo a empresa, Iger volta para ajudar a empresa a passar pelo cenário atual desafiador.
“O conselho concluiu que, à medida que a Disney embarca em um período cada vez mais complexo de transformação da indústria, Bob Iger está em uma posição única para liderar a empresa nesse período crucial”, afirmou a presidente do conselho, Susan Arnold.
Em 2021, Iger havia anunciado sua aposentadoria, depois de trabalhar como CEO de 2005 a 2020 e presidente executivo no seu último ano na companhia.
A mudança na liderança, que chocou o mercado, acontece após a Disney apresentar baixos resultados no quarto trimestre, com as ações caindo mais de 40% em 2022.
De acordo com o Faithwire, Bob Chapek teve um mandato tumultuado, tendo que lidar com crises financeiras e também com as críticas de cristãos e pais, que têm protestado contra o aumento de conteúdos LGBT no conteúdo da Disney.
Em junho deste ano, ele esteve em meio a uma polêmica, depois de criticar uma lei aprovada na Flórida, que proibiu os professores de ensinar identidade de gênero e orientação sexual na pré-escola até a terceira série.
Na época, Chapek prometeu ajudar nos esforçar para revogar a lei no estado. Em vídeos vazados, o CEO também prometeu aos seus funcionários LGBT em se tornar “um aliado melhor para a comunidade gay”.
Logo depois, A Disney Pixar lançou a animação “Lightyear”, um filme sobre o Buzz Lightyear de “Toy Story”, que mostrou um beijo entre pessoas do mesmo sexo.
A empresa também anunciou o lançamento de "Mundo Estranho", seu primeiro romance adolescente abertamente gay, que estreia no cinema no dia 23 de novembro.