O grupo terrorista Estado Islâmico crucificou dois homens acusado de atuarem como como espiões e registrou a atrocidade em um vídeo publicado online.
O jornal britânico 'The Express' informou que a execução pública foi filmada na sede do Estado Islâmico em Raqqa, Síria e representou dois homens vestidos com macacões laranja sendo amarrados a cruzes improvisadas. Os terroristas islâmicos filmaram as imagens das câmeras aparentemente amarradas ao seu peito, dando o vídeo um olhar semelhante ao de um game em primeira pessoa, como 'couter strike' ou 'Call of Duty'.
"O assassinato é registrado em primeira mão pela câmera montada no peito do extremista, uma semelhança chocante com os jogos populares", observou o jornal.
Os supostos 'espiões' então tiveram suas próprias perspectivas registradas com as câmeras, no alto de suas respectivas cruzes, o que acaba mostrando também uma grande multidão de pessoas, com mulheres e crianças assistindo a tudo.
O vídeo chamado 'Colheita dos Espiões' também mostra terroristas do Estado Islãmico lendo as acusações contra os homens, alegando que os mesmos haviam espionado o grupo extremista e estavam trabalhando para as forças que tentam derrubar o califado.
Um grande pedaço de papel com a palavra árabe para "crime" é pendurado em um dos homens crucificados depois que eles são mortos.
O grupo terrorista, que detém grande território em todo o Iraque e na Síria, também realizou crucificações em outras ocasiões, como uma forma de punição.
Crucificação de cristãos
Além das pessoas que o Estado Islâmico alega terem sido espiões, os radicais também têm crucificado cristãos, como um grupo de 11 missionários cristãos indianos, que foram mortos em abril de 2015 por se recusarem a negar sua fé em Cristo.
"Todos foram brutalmente agredidos e depois crucificados", disse um líder do ministério que havia treinado todos os missionários para o ministério evangelístico descoberto. "Eles foram deixados em suas cruzes por dois dias. Ninguém tinha permissão para removê-los".
Um menino de 12 anos de idade, que foi capturado junto com os missionários teve as pontas dos dedos decepadas, enquanto seu pai foi forçado a assistir à cena.
"Em frente ao líder da equipe e parentes no meio da multidão, os extremistas islâmicos deceparam as pontas dos dedos do menino, dizendo a seu pai que só iriam acabar com a tortura se ele e o pai voltassem para o islamismo", segundo a missão 'Christian Aid' relatou na época.
Os jihadistas têm crucificado até mesmo menores de idade, como em um caso de junho de 2015, quando dois adolescentes foram executados por não jejuar durante o mês sagrado islâmico do Ramadã.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou na ocasião que depois de terem sido crucificados, os militantes novamente colocaram grandes cartazes ao redor de seus pescoços revelando seu "crime" para a cidade de Mayadin, na província de Deir Ezzor.