Terroristas do Estado Islâmico decapitaram uma menina de 4 anos de idade no reduto sírio do grupo, em Raqqa e depois obrigaram a mãe a mergulhar as mãos no sangue de sua própria filha, segundo relatos de uma agência de notícias iraniana.
Uma mulher síria que recentemente escapou dos domínios do grupo terrorista (também conhecido como ISIS, ISIL ou Daesh) relatou à 'Al Alam International News Channel', sediada em Teerã (Irã), sob a condição de anonimato, a respeito de um incidente brutal, que levou à decapitação de uma criança inocente.
"Uma mãe mandou que sua filha de 4 anos fosse para casa e a criança se recusou. Em seguida, a mãe disse á filha, sem querer: 'vá para casa ou eu juro por Deus que vou decapitá-la, se você não fizer isso", contou a testemunha. "Um dos membros do Estado Islâmico ouviu isso e disse a mãe: 'uma vez que você jurou a Deus (Alá), você deve decapitá-la', mas a mãe não concordou com o combatente".
Depois que a mãe se recusou a decapitar sua filha, a mulher síria disse que os militantes do Estado Islâmico 'assumiram o dever' de executar a criança.
"Mas eles decapitaram a menina e mergulharam as mãos daquela mãe no sangue de sua própria filha", disse ela.
Sequência de atrocidades
Vários relatórios sobre atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico têm surgido nos últimos dois anos, desde que o EI assumiu vastos territórios no Iraque e na Síria. Os relatos contam sobre como o grupo terrorista tem maltratado, torturado e assassinado crianças.
No início deste ano, um alto funcionário de uma estatal iraquiana patrocinado pela milícia xiita afirmou que o Estado Islâmico tinha executado um menino de 4 anos de idade, em Al-Sharqat, Iraque, ao detonar - por meio de um controle remoto - um explosivo que foi anexado à criança.
O funcionário disse que o assassinato do menino veio depois que o grupo já havia executado o pai do menino por ele ter matado dois terroristas do EI.
Em outubro do ano passado (2015), foi noticiado que os militantes executaram 11 missionários cristãos e um menino de 12 anos de idade, perto de Aleppo.
O líder encarregado do ministério que apoiava os missionários contou à Missão internacional 'Christian Aid', com sede na Virgínia (EUA), que antes de matar o menino, os terroristas deceparam os dedos do garoto na frente de seu pai. Eles supostamente teriam dito ao pai que eles iriam parar de torturar seu filho se ele abraçasse o islamismo.
Em agosto de 2014, Andrew White, também conhecido como o 'Vigário de Bagdá', falou sobre como o filho de fiéis da igreja de St. George em Bagdá, de apenas 5 anos de idade foi cortado ao meio por militantes do EI.
Mais tarde, em Dezembro de 2014, White contou como os terroristas do EI decapitou quatro crianças que se recusaram a renunciar ao seu amor por Cristo.
"O EI virou-se e ordenou às crianças - todas com menos de 15 anos: 'digam que irão seguir a Maomé'. Quatro delas disseram: 'não, nós amamos Yasua [Jesus]. Sempre amamos Yasua. Sempre seguimos Yasua. Yasua sempre esteve conosco", Explicou White, citando as jovens vítimas. "[Os militantes] insistiram: 'digam as palavras!'. [As crianças] disseram: 'não, nós não podemos fazer isso'. Então eles cortaram as cabeças de todos os reféns".
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos estimou em março, que mais de 2.100 civis teriam sido executados na Síria, desde que o grupo ganhou notoriedade em 2014. A mulher que deu seu relato à agência Al Alam explicou que o Estado Islâmico enfileirou nas ruas de Raqqa, as cabeças decapitadas de suas vítimas, com objetivo de intimidar os cidadãos locais e forçá-los a seguirem as "regra estrita da lei", intepretadas pelo EI.