Uma menina sueca de 16 anos de idade foi resgatada de um território controlado pelo Estado Islâmico, perto de Mosul, na semana passada e agora tem relatado sobre a "vida dura" que ela sofreu sob o domínio do grupo terrorista.
Tendo acabado de sair da escola, Marlin Stivani Nivaran - com então 15 anos de idade - foi convencida a viajar por seu namorado de 19 anos a viajar para aquela base do Estado Islâmico. O rapaz já havia 'se alistado' para lutar em favor do grupo terrorista anteriormente, segundo relatou a adolescente durante uma breve entrevista ao jornal 'Kurdistan 24'.
"No início, estávamos bem juntos, mas depois ele começou a assistir muitos vídeos do Estado Islâmico e começou a falar sobre eles e coisas assim. E eu realmente não sei nada sobre o islamismo ou Estado Islâmico ... então eu não sabia o que ele queria dizer", contou.
"E então ele disse que queria ir para o Estado Islâmico e eu disse: 'tudo bem, não há problema', porque eu não sabia o EI significa ou o que é o islamismo. Nada", disse ela.
Posteriormente, ela fugiu de sua casa adotiva, na cidade de Boras, leste de Gotemburgo, e viajou por toda a Europa em um comboio, antes de atravessar a fronteira da Turquia para a Síria.
"Quando chegamos à Síria, o Estado Islâmico nos levou em um ônibus com alguns outros homens e mulheres para Mosul, no Iraque, onde os militantes nos forneceram uma casa", disse ela.
"Eu recebi minha casa, mas no local não tinha nada - sem eletricidade, sem água e também não tínhamos nenhum dinheiro".
"Foi totalmente diferente da Suécia, porque não tínhamos nada e na Suécia temos tudo".
Ela foi resgatada por forças anti-terroristas curdas em 17 de Fevereiro, que disseram que a adolescente "foi enganada" por seu namorado ao sair Suécia.
A operação de resgate foi iniciada por um telefonema que a adolescente deu para a mãe, no qual ela pediu para voltar para casa e a decisão de sua mãe foi de entrar em contato com as autoridades suecas.
"Foi uma vida muito difícil", disse ela. "Então, quando eu consegui um telefone, eu comecei a entrar em contato com minha mãe e disse: 'Eu quero voltar para casa'."
Nivarlain está desde então, "recebendo cuidados, sob a lei internacional" em território curdo iraquiano e deve ser enviada para sua casa na Suécia o mais rápido possível, segundo uma declaração do governo regional curdo.