Diante das crescentes tensões na Venezuela, desde a posse do segundo mandato de Nicolás Maduro em 10 de janeiro, várias organizações cristãs venezuelanas pediram para orar em prol da paz no país. Ao mesmo tempo em que milhares de pessoas protestam nas ruas, cristãos ocupam os espaços públicos em correntes de oração.
Em uma mensagem de vídeo compartilhada nas mídias sociais, o pastor Samuel Olson, presidente do Conselho Evangélico da Venezuela, convidou a nação inteira a orar.
“Juntos como uma família, pediremos a Deus que através do Seu Espírito Santo cuide, dirija e abençoe nossa nação nesta hora crítica de sua história”, disse.
Orações pela democracia e por um futuro melhor têm sido feitas pelos evangélicos em reuniões públicas.
Enquanto isso, a União Confederativa de Igrejas Cristãs da Venezuela foi muito enfática em uma declaração pública reconhecendo o presidente do Parlamento e líder da oposição Juan Guaidó como o novo chefe do país “chamado a conduzir a nação neste período de transição”.
Eles também pediram pelo “fim da usurpação da presidência da República” e ainda que seja levantado “um governo urgente de transição e eleições livres no contexto de um grande acordo nacional”.
Oposição
Juan Guaidó, o líder oposicionista que se autodeclarou o novo presidente do país, convocou uma série de assembleias abertas do conselho da cidade em várias províncias.
A oposição dentro do país e a maioria dos países latino-americanos disseram não reconhecer Nicolás Maduro, pois consideram que as eleições foram uma fraude.
O Parlamento da Venezuela, a Assembleia Nacional, tem maioria do movimento de oposição. Os parlamentares anunciaram que assumiriam as competências do governo.
O presidente do Parlamento, Juan Guaidó, já foi reconhecido como presidente interino da Venezuela pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pelos EUA.
Na tarde desta quarta-feira (23), o governo brasileiro também reconheceu o governo de Guaidó.
Trump promete usar “todo poder econômico e diplomático” dos EUA para restaurar a democracia no país.
Na terça-feira (22), centenas de venezuelanos começaram a tomar as ruas de várias cidades para protestar contra o regime de Maduro. Uma estátua do ex-líder Hugo Chávez foi incendiada, segundo a imprensa local. Nesta quarta-feira (23) acontece o início das marchas gerais contra o regime.