Chris Beck é um Seal da Marinha dos EUA, aposentado, que em 2013 disse ao mundo que se identificava como mulher, passando a ser chamado de “Kristin Beck”.
O profissional condecorado serviu como membro do Seal Team Six, também conhecido como “Força-Tarefa Azul” — que realiza trabalhos mais complexos em missões especiais.
A sigla SEAL descreve as capacidades de atuação da unidade militar, no caso, podendo atuar no mar, no ar e em terra (SEa, Air, Land). O fato de Beck ter essa visibilidade na Marinha, fez com que o depoimento sobre sua opção sexual, durante uma entrevista na CNN, chamasse a atenção das pessoas.
Hoje em dia, ele chegou à seguinte conclusão: “Acho que fui usado. Fui muito ingênuo, estava muito mal e eles se aproveitaram disso. Eu fui propagandeado e usado por muita gente que tinha conhecimento muito além do meu. Eles sabiam o que estavam fazendo. Eu não”.
Chris Beck antes da transição. (Foto: Captura de tela/YouTube Inside Edition)
‘Usado para promover o transgenerismo’
O veterano de 56 anos admitiu que errou ao expor sua luta pessoal: “Tudo o que você vê na CNN com meu rosto, não acredite em uma palavra. E eu assumo total responsabilidade. Fui à CNN e tudo mais, e é por isso que estou aqui agora, estou tentando corrigir isso”, disse ao jornalista Robby Starbuck durante uma entrevista de duas horas.
Beck agora explica que tem esperança de impedir que outras pessoas sejam usadas da mesma maneira. Ele disse que a narrativa do movimento LGBT está influenciando crianças e gerando ações irreversíveis: “Não quero que isso continue e não quero que essas crianças se machuquem”.
Ele disse que se sentiu usado pela CNN para a promoção do transgenerismo, durante a entrevista que aconteceu há quase 10 anos.
Chris Beck passou por cirurgia facial. (Foto: Captura de tela/YouTube Inside Edition)
‘Sinto muito pelo povo americano’
Ao jornalista, Beck revelou que depois de apenas uma reunião no Veterans Affairs (VA) — Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA que fornece serviços de saúde para os militares — ele recebeu a oferta de tomar hormônios.
Segundo Beck, a reunião que durou menos de uma hora concluiu que ele era transgênero: “Mas tinha muita coisa errada com meu corpo quando comecei a tomar os hormônios”, disse ao explicar que parte do tratamento foi pago pelo VA.
“Sinto muito pelo povo americano por ter feito isso”, lamentou o militar que há sete anos não toma mais hormônios.
“Eles me usaram tão bem. Só quero dizer que sinto muito. Eu não sabia o que estava fazendo, e as mulheres lá fora e todas essas crianças, me desculpem”, disse com voz embargada ao comentar que os especialistas estavam cientes de tudo.
Ao dizer repetidas vezes que, realmente, não sabia o que estava por trás do tratamento oferecido, Beck disse: “Eu sei que Deus vai me perdoar”.
“Você não entende como isso é ruim. É a destruição da família, é matar essas crianças. Vou viver com isso minha vida inteira. Destruí minha vida há dez anos”, disse ao frisar que o transgenerismo é baseado em sentimentos.
“É mais sobre sexualidade do que sobre gênero. Não me diga que não se trata de sexo”, disparou.
Preocupações sobre abuso infantil
O Seal aposentado também revelou que teve problemas com “figuras importantes do movimento transgênero”.
Por exemplo, ele descreveu como “controverso” o pesquisador sobre sexualidade, Alfred Kinsey. Sabe-se que vários dos trabalhos publicados por ele foram objeto de controvérsia décadas após seu lançamento.
De acordo com o Daily Wire, dois de seus livros: “Comportamento Sexual da Humanidade Masculina” (1948) e “Comportamento Sexual da Humanidade Feminina” (1953), contêm dados sobre orgasmos de crianças a partir de dois meses de idade e de pré-adolescentes.
As tabelas 30 a 34 do livro que fala sobre o comportamento sexual dos homens, em particular, levantaram preocupações sobre abuso infantil.
A Tabela 34, intitulada por “Exemplos de orgasmos múltiplos em homens pré-adolescentes”, inclui a seguinte anotação: “Duração da estimulação antes do clímax; observações cronometradas com um ponteiro de segundos ou cronômetro. As idades variam de cinco meses de idade até a adolescência”.
Vale lembrar que paralelamente aos movimentos LGBT e à promoção do transgenerismo existe a indústria pornográfica que tem feito aumentar cada vez mais a demanda por exploração infantil, normalizando inclusive a sexualização das crianças.