França executa novo ataque aéreo contra o Estado Islâmico, na Síria

Doze aeronaves, incluindo 10 jatos de combate lançaram um total de 20 bombas com os maiores ataques aéreos, desde que a França estendeu sua campanha de bombardeios contra o grupo extremista na Síria, em setembro.

Fonte: Guiame, com informações do BlazeAtualizado: terça-feira, 17 de novembro de 2015 às 15:13

Após confirmar que está em guerra contra o Estado Islâmico, a França lançou "expressivos" ataques aéreos contra o grupo terrorista na Síria, no último domingo (15), à noite, destruindo um campo de treinamento jihadista e munições despejando bombas na cidade de Raqqa, onde funcionários de inteligência iraquianos dizem que os ataques contra Paris foram planejados.

Doze aeronaves, incluindo 10 jatos de combate lançaram um total de 20 bombas com os maiores ataques aéreos, desde que a França estendeu sua campanha de bombardeios contra o grupo extremista na Síria, em setembro. As informações foram dadas em um comunicado do Ministério da Defesa da França. Os jatos lançados a partir de locais na Jordânia e no Golfo Pérsico estiveram em coordenação com as forças dos Estados Unidos.

Enquanto isso, a polícia anunciou sete prisões e continuou a caçada a mais membros do grupo responsável pelos ataques de Paris, que mataram 129 pessoas, as autoridades francesas revelaram à agência 'Associated Press', que vários suspeitos tinham sido parados para averiguação e liberados pela polícia após o ataque.

O mandado de detenção para Salah Abdeslam, de 26 anos, nascido em Bruxelas, o classifica como um homem "muito perigoso" e adverte as pessoas a não intervir, caso o vejam.

No entanto, a polícia já o tinha em seu alcance na madrugada de sábado, quando parou um carro que transportava três homens perto da fronteira belga. Até então, as horas se passaram, desde que as autoridades identificaram Abdeslam como o locatário de um Volkswagen Polo, que levou terroristas à casa de shows em Paris, onde morreram grande parte das vítimas dos atentados simultâneos, na noite da última sexta-feira (13).

Três policiais franceses e um alto funcionário de segurança francês confirmaram que os policiais liberaram Abdeslam, após verificar sua identidade. Eles falaram sob condição de anonimato, sem autorização para divulgar publicamente tais detalhes.


Ataque Iminete
Pistas interessantes sobre a extensão da trama surgiram, vindas de Bagdá, onde altos funcionários iraquianos disseram à AP que a França e outros países tinham sido advertidos na última quinta-feira sobre um ataque iminente.

Uma expedição de inteligência iraquiana advertiu que o líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi tinha ordenado seus seguidores a atacarem imediatamente, com armas e bombas, além de fazer reféns no interior dos países da coalizão que tem lutado contra eles no Iraque e na Síria.

O relatório do Iraque, que foi obtido pela AP, dá detalhes sobre quando ou onde o ataque ocorreria. Porém um alto funcionário francês de segurança disse à AP que a inteligência francesa recebe esses tipos de avisos "o tempo todo" e "todos os dias".

No entanto, funcionários da inteligência iraquiana disseram à AP que eles também alertaram a França sobre detalhes específicos: "Entre eles, que os atacantes foram treinados para esta operação e enviado de volta para a França, partindo de Raqqa - a capital onde o Estado islâmico tem uma de suas principais bases".

Os funcionários também disseran que uma célula do EI na França, em seguida, reuniu-se com os terroristas, após a sua formação e ajudou-os a executar o plano. Havia 24 pessoas envolvidas na operação: 19 atacantes e outras cinco pessoas responsáveis ​​pela logística e planejamento.

Nenhum desses detalhes foram corroborados por funcionários da França ou de outras agências de inteligência ocidentais.

Todos esses agentes de segurança e de inteligência franceses e iraquianos falaram com a AP sob condição de anonimato, citando a investigação em curso.

Abdeslam é um dos três irmãos que estariam envolvidos na autoria dos ataques. O que cruzou a fronteira com ele na Bélgica foi preso posteriormente e outro se explodiu dentro do teatro 'Bataclan', depois de tomar o público como refém e disparar contra os espectadores, repetidamente. Este foi considerado o pior dos ataques sincronizados na última sexta-feira, deixando 89 mortos e centenas de feridos no interior da casa de shows.

O grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos atentados. Sua declaração zombou dos ataques aéreos da França sobre presumíveis casos do EI ser alvo na Síria e no Iraque, e chamou Paris de "a capital da prostituição e obscenidade".

Ao todo, três equipes de terroristas, incluindo sete homens-bomba atacaram o estádio nacional, na capital francesa, a casa de shows 'Bataclan' e outros clubes noturnos nas proximidades. Os ataques feriram 350 pessoas, no total, com 99 destas em estado grave.

Abdeslam alugou o Volkswagen Polo preto usado pelos seqüestradores, segundo outro oficial de segurança francesa.

Um bilhete de um estacionamento de Bruxelas encontrado no interior levou a polícia a efetuar, pelo menos uma das prisões, na Bélgica, disse um oficial da polícia francesa.

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