Um professor francês que havia recentemente mostrado desenhos animados do profeta Maomé aos alunos foi decapitado do lado de fora de sua escola na sexta-feira (16), no que o presidente da França, Emmanuel Macron, chamou de “ataque terrorista islâmico”.
Um jovem chamado Abdoulakh A, de 18 anos, foi morto a tiros pela polícia após matar o professor Samuel Paty perto da escola, localizada em Conflans-Sainte-Honorine, nos arredores de Paris.
Pelo menos 11 pessoas foram presas como parte da investigação. Quatro parentes próximos do suspeito foram detidos logo após o assassinato e mais seis pessoas foram detidas no sábado (17), incluindo o pai de um aluno da escola e um pregador descrito pela mídia francesa como um islâmico radical.
Segundo a polícia, o assassino gritou “Allahu Akbar” (“Deus é o maior”) enquanto a polícia o confrontava, um grito frequentemente ouvido em ataques jihadistas.
A França tem testemunhado uma onda de violência islâmica desde os ataques terroristas de 2015 ao jornal satírico Charlie Hebdo e a um supermercado judeu em Paris. Autoridades francesas estão ratando o ataque como “um assassinato ligado a uma organização terrorista”.
O ataque aconteceu por volta das 17h em horário local (meio-dia em Brasília), perto da escola secundária onde o professor de história trabalhava. Abdoulakh A, um jovem nascido em Moscou de origem chechena, seguiu Paty enquanto voltava do trabalho para casa. O suspeito usou uma faca para atacar o professor na cabeça e depois o decapitou.
A vítima se tornou alvo de ameaças desde que mostrou charges do profeta Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão. O promotor antiterrorismo, Jean-François Ricard, disse que Paty aconselhou os alunos muçulmanos a desviarem o olhar caso estivessem ofendidos.
O pai de um dos alunos reagiu com raiva e foi reclamar na escola. Ele e o pregador islâmico Abdelhakim Sefrioui fizeram vídeos chamando o professor de “voyou” (“bandido”), exigindo sua suspensão.
De acordo com a mãe de um dos alunos, Nordine Chaouadi, o professor agiu de forma “amigável” e “gentil” com os estudantes. “O professor simplesmente disse aos muçulmanos: ‘Saiam, não quero magoar vocês’. Foi isso o que meu filho me disse”, afirmou à AFP TV.
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