Na última sexta-feira (6), a família Romeike recebeu uma permissão do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) para permanecer mais um ano no país. A ação ocorreu um mês depois que eles foram informados que seriam deportados.
A família fugiu da Alemanha em 2008 para educar seus cinco filhos em casa, e desde então, os Romeikes se apresentaram regularmente ao escritório local do ICE e foram autorizados a trabalhar e educar as crianças em sua residência.
No entanto, no dia 6 de setembro deste ano, o pedido foi revogado e o escritório local de Imigração e Alfândega informou que a família tinha quatro semanas para deixar o país.
Eles não foram avisados da ordem de deportação e não receberam nenhuma explicação, exceto que houve uma “mudança de ordens”.
Segundo o portal de notícias The Tennessean, a “Home School Legal Defense Association” (HSLDA) — “Associação de Defesa das Escolas Domésticas” — aplaudiu a decisão do ICE de atrasar a deportação da família Romeike, de Morristown, Tennessee.
Diana Harshbarger, deputada norte-americana, elogiou a decisão do ICE nas redes sociais. Ela observou que muitos moradores do Leste do Tennessee estavam entre os 100.000 americanos que solicitaram apoio para a família.
De acordo com a CBN News, ela introduziu uma legislação para conceder residência permanente aos Romeikes.
My statement on the Romeike family 👇 pic.twitter.com/J40DYrVBhD
— Rep. Diana Harshbarger (@RepHarshbarger) October 6, 2023
Relembre o caso
Em 2006, o casal Uwe e Hannelore Romeike contou que Deus estava os direcionando para educar seus cinco filhos em casa.
Porém, esta decisão levou o governo alemão a aplicar multas superiores ao rendimento da família, e os pais correram o risco de perder a guarda das crianças.
Então, há 15 anos, eles fugiram da Alemanha para os EUA. A família travou uma série de batalhas legais, após seu pedido de asilo ser negado.
Eles se estabeleceram no leste do Tennessee, onde Uwe trabalha como professor de piano e é funcionário de uma universidade local: “Não me identifico mais como alemão”.
Nos últimos 15 anos, dois de seus filhos nasceram nos EUA e, portanto, são cidadãos americanos. Dois filhos mais velhos se casaram com americanos e lhe deram um neto.
A família Romeike afirmou que o assunto está nas mãos de Deus e que todos permanecerão unidos independente dos resultados.
“Sua Palavra é firme como uma rocha, e podemos permanecer firmes nela”, concluiu Hannelore.