O massacre que deixou 50 pessoas mortas e outras 53 feridas em uma boate gay em Orlando, na Flórida, foi caracterizado como o pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos.
Um pouco antes de acontecer a tragédia, o ex-candidato à presidência dos EUA, Ben Carson, falou aos cristãos sobre compaixão aos homossexuais durante o evento “2016 Faith & Freedom Coalition's”.
Durante seu discurso, Carson lembrou os cristãos que Jesus Cristo também morreu pelos pecados de gays e lésbicas. Por outro lado, o médico também incentivou a igreja a continuar mantendo sua voz ativa na Suprema Corte dos EUA.
Para ele, os cristãos não devem apenas expressar suas crenças em praça pública, mas também impedir que a constituição seja manipulada pela comunidade LGBT — que não tem lutado por "direitos iguais", mas sim, por "direitos adicionais".
"Eu não tenho nada contra gays e lésbicas. Cristo morreu por eles como morreu por todos os outros. A nossa Constituição os protege da mesma forma que protege a todos. Todo mundo tem direitos iguais, mas ninguém deve ter direitos extras”, disse ele.
Embora Carson tenha incentivado cristãos a defenderem suas convicções, ele os advertiu a não lidar com essas pessoas através de um discurso de ódio, mas sim, pela Palavra de Deus.
"Eu, pessoalmente, acredito que muitas pessoas da comunidade LGBT não se sentem confortáveis com o que estão fazendo, e por isso é tão importante para eles obter afirmação de todos os outros, por isso eles tentam fazer com que todos os aceitem e digam o que é preciso ser feito. Mas chega um momento em que as pessoas de fé tem que se basear na palavra de Deus”, disse Carson.
"A Palavra de Deus diz muito especificamente o que deve ser feito nesses casos, e como eles são considerados. Eu acredito que esta é a ponta do iceberg, porque se você negar a Palavra de Deus nesta área, você pode negar a palavra de Deus em todas as áreas. É por isso que temos de ser corajosos o suficiente para manter uma postura lógica, não contra ninguém, mas a favor da Palavra de Deus", acrescentou.
Carson apontou que a intolerância que os norte-americanos tem tido em relação ao cristianismo indica que a América perdeu a confiança em Deus. "Nós chegamos ao ponto em que Jesus Cristo não pode ser mencionado nas universidades? Podemos citar qualquer outra figura religiosa, mas essa é ligada ao ódio e à intolerância, eles dizem. Como pode acontecer isso em um país como este?".
"O presidente disse que não somos uma nação cristã, mas ele não consegue decidir isso. Temos que decidir que tipo de nação nós somos. Isso significa que temos de definir os nossos valores e os nossos princípios”, finalizou Carson.