O jogador de futebol americano, Drew Brees, participou de uma campanha para incentivar crianças a levarem suas Bíblias para a escola. Seu vínculo com o projeto, no entanto, se tornou uma polêmica entre setores liberais nos Estados Unidos.
A campanha “Bring Your Bible to School Day” (Dia de Trazer sua Bíblia para a Escola, em tradução livre) é promovida pela Focus on the Family, uma organização cristã que já foi acusada de ser anti-gay e promover a “terapia de conversão”.
No vídeo da campanha, o jogador diz: “Não apoio grupos que discriminem ou que tenham suas próprias agendas que tentam promover a desigualdade”.
O quarterback do New Orleans Saints postou um vídeo na quinta-feira (5) em sua conta no Twitter para comentar sua posição.
“Espero que isso estabeleça um registro de quem eu sou e o que eu represento”, escreveu. “Ame, respeite e aceite a TODOS. Encorajo vocês a não acreditarem na negatividade do que você lê que diz algo diferente. Simplesmente não é verdade. Tenha um ótimo dia”.
No vídeo, Brees disse: “Não apoio grupos que discriminem ou que tenham suas próprias agendas que tentam promover a desigualdade”.
O veterano da NFL, Benjamin Watson, disse na segunda-feira que as críticas contra seu ex-companheiro de equipe eram injustas. Ele também desvinculou o Focus on the Family como uma organização anti-gay e discriminatória.
“É uma pena que neste país, se você aderir a certas crenças bíblicas — pois todos nós temos o direito de escolher a que religião aderir — você é rotulado como ‘anti’”, disse Watson em entrevista à Fox & Friends. “O que o Focus on the Family faz é defender o casamento, já que a família é o alicerce básico da sociedade. Eles defendem essas coisas e são rotulados como anti por outras pessoas. Há uma agenda e foi isso que realmente me chateou sobre a coisa toda”.
Drew Brees acredita que foi injustamente e erroneamente acusado de ser anti-gay, e que participou do vídeo apenas para promover a campanha e não para endossar “qualquer tipo de ódio”.
“Eu sei que, infelizmente, existem organizações cristãs por aí envolvidas nesse tipo de coisa. E para mim, isso é totalmente contrário ao que é ser cristão. Ser cristão é amor, é perdão, é respeitar, é aceitar”, disse ele, de acordo com a ESPN.
Em um vídeo postado no YouTube, Jim Daly, da Focus on the Family, também esclareceu que a organização não é um grupo de ódio.
“Nosso objetivo é dizer: ‘Jesus te ama, se importa com você, não importa quem você é — sua raça, seu credo, sua orientação sexual. Jesus morreu por cada um de nós. Essa é a mensagem que queremos divulgar”, disse Daly.