Líder cristão diz que cubanos estão nas ruas exigindo liberdade

“Eles querem o direito de recomeçar e de renascer como uma nação livre e próspera”, disse um opositor do governo de Cuba.

Fonte: Guiame, com informações de AcidigitalAtualizado: quarta-feira, 9 de novembro de 2022 às 15:20
Protestos em Cuba. (Foto: Flickr/Lezumbalaberenjena)
Protestos em Cuba. (Foto: Flickr/Lezumbalaberenjena)

Em busca de mudanças no governo de Cuba, muitos protestos estão acontecendo. O povo quer liberdade, conforme explica o coordenador nacional do Movimento Cristão de Libertação (MCL), Eduardo Cardet.

Milhares de cubanos querem a mudança do regime e clamam por democracia e reformas econômicas. A resposta das forças de segurança, no entanto, tem sido o espancamento de manifestantes, além de muitas prisões. 

Conforme notícias do Acidigital,  o líder opositor disse que “a cada dia ganha mais forma a legítima reivindicação do povo cubano, mostrando que todos realmente precisam de uma mudança radical, uma mudança de regime, onde as liberdades e os direitos sejam respeitados”. 

‘Sinos da liberdade’

Cardet disse: “Os cubanos estão fazendo todo o possível para avançar e sobreviver. A situação atual é muito difícil em todos os sentidos”.

Ele informou que os protestos em Cuba acontecem em diversas magnitudes. “Os panelaços continuam, nós os chamamos de 'os sinos da liberdade', porque é o verdadeiro significado que tem o som da panela”, observou. 

Além disso, o líder do MCL contou que nas manifestações que acontecem nas ruas, grupos de pessoas trocam ideias e informações muito atualizadas sobre a situação que estão vivendo, sobre as projeções que se fazem do presente e do futuro do país.

“A população está exigindo liberdade para poder participar da vida da nação. Eles querem ser os atores e acabar com esse círculo vicioso de mais miséria, mais repressão, mais incerteza, mais desesperança. Querem o direito de recomeçar, de renascer como uma nação livre e próspera”, continuou.

‘Situação delicada em todos os sentidos’

Os protestos continuam ocorrendo em Cuba desde que o furacão Ian afetou severamente o fornecimento de eletricidade do país, no final de setembro. A escassez de farinha de trigo, que se juntou às quedas de energia, causou desabastecimento nas padarias.

A situação é delicada em todos os sentidos para o povo e, mesmo assim, o governo continua prendendo manifestantes. Conforme a 11 J — organização que busca libertação de presos políticos em Cuba — pelo menos 162 pessoas foram presas por terem participado das manifestações ocorridas entre agosto e outubro.

No final de outubro, Cardet denunciou que as autoridades cubanas estão ameaçando prender os moradores que participam das manifestações.

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