Uma postagem da médica Ana Escobar teve grande repercussão em sua conta no Instagram logo após a famosa pediatra publicar um texto com o título “A masturbação infantil é natural e saudável”.
“Os pais não devem inibir nem reprimir, mas é claro, que vivemos em um mundo com regras de convivência social. Se os pais percebem que a criança está se masturbando em público devem distrair a atenção da criança para outro fato sem reprimi-la fazendo com que pare espontaneamente”, escreveu a pediatra.
A médica concluiu dizendo que os pais “podem conversar com o filho e deixar claro que pode se masturbar, mas de preferência em seu quarto. A conversa deve ser tranquila e não deve taxar a masturbação como um ato proibido.”
Repercussão
Palavras como “desserviço”, “absurdo” e “incentivo” permearam as centenas de comentários.
Uma seguidora escreveu: “Um verdadeiro ABSURDO! Um mal que vem desestruturando psicologicamente tantas pessoas, agora querem sugerir a crianças. Triste.”
Carol Dias, esposa do ex-jogador da Seleção, Kaká, sinalizou sua reprovação em forma de emoji simulando vômito.
Uma mulher aproveitou para criticar a sociedade: “Com todo respeito, a senhora está fazendo um desserviço à sociedade, que convenhamos já não anda grande coisa...”.
Rede Globo
Uma postagem cita a Rede Globo, emissora da qual a pediatra é consultora: “Mais uma peça da Rede Globo... ‘deixar a criança se descobri’”. Francamente...”.
A psicóloga Marisa Lobo fez um longo comentário em resposta à postagem, e destacou: “Criança não tem que se masturbar, doutora. Tem que brincar”.
Um homem pediu comprovações à médica: “A Sra. poderia apresentar os estudos que comprovam a sua tese? A Sra. fez estudo prático em pacientes e tem resultados para compartilhar? Pois eu, como homem e alguém que lembra muito bem da infância, achei este post uma das coisas mais absurdas que já li nos últimos tempos! Onde já se viu?”.
Segundo a advogada e colunista do Guiame, Patrícia Alonso “pior do que essa afirmação foi ler que a referida ‘especialista’ ainda ‘orienta’ as mães a ensinar os filhos a não terem tal prática em público, mas que seja feito em casa dentro das quatro paredes.’
Cristã, a advogada diz que os “conceitos morais conservadores tais como castidade, fidelidade, lealdade, respeito, no foco destes pseudocientistas não são conceitos válidos.”
Em artigo exclusivo para o Guiame, onde fala sobre a postagem da pediatra Ana Escobar, Patrícia Alonso alerta: “Se você está assustado com essas ‘pseudociências’, prepare-se porque elas estão chegando em forma de lei (PL 10.562/2018; PL 4769/2019; PL 567/2020; PL 5588/2020; PL 10.182/2018; PL 10.712/2018; PL 699/2011; PL 7569/2014; PL 9671/2018; PL 10402/2018) e, infelizmente, o nosso Congresso Nacional não está preparado para o debate, portanto, depois de aprovadas, cara leitor, não adiantará chorar.”