O marido da babá muçulmana que decapitou uma menina de 4 anos de idade em Moscou (Rússia) no mês passado foi detido no Tajiquistão. Ele é suspeito de radicalizar sua esposa e ensiná-la a seguir a lei Shariah [interpretação radical e extremista do Corão].
O filho mais velho do casal disse às autoridades que Mamur Turakulov, de 48 anos, casou-se com a babá, Gyulchekhra Bobokulova, em uma cerimônia que segue os princípios da 'Shariah', o que provocou uma transformação dramática nela, relatou o jornal 'MailOnline'.
Bobokulova admitiu na última semana que decapitou a garota de 4 anos, Anastasia Meshcheryakova, que estava sob seus cuidados e depois incendiou o apartamento da família que havia contratado seus serviços. Após matar a criança, carregou a cabeça da criança pelas ruas de Moscou.
A mulher - que está sob custódia das autoridades policiais em Moscou e está sendo examinada por possíveis problemas psiquiátricos - afirmou que Alá a "ordenou" a cometer o crime e disse que queria vingar os muçulmanos que foram mortos por ataques aéreos russos na Síria.
"Eu tomei a vingança contra aqueles que tiveram seu sangue derramado", disse ela aos repórteres, do lado de fora do tribunal. "[Vladimir] Putin tem derramado sangue, ao realizar ataques com seus aviões. Por que os muçulmanos são mortos? Eles também querem viver".
O Kremlin [sacerdote ortodoxo russo] rejeitou seus comentários e os classificou como "insano", no entanto, apontando que ela provavelmente teria problemas mentais.
Em outras observações de, a mãe de três filhos, disse que ela não precisa ver seus filhos vivos.
"Vocês podem matá-los, eu não preciso deles. Eles não lêem o Alcorão", Bobokulova teria dito.
Sua família que mora no Uzbequistão já disse que não sabe por que ela cometeu tal crime. O pai da mulher revelou que ela nunca até mesmo falou sobre religião com ele.
Rakhmatillo Ashurov, filho de 19 anos do casal, disse que sua mãe mudou muito após o casamento.
"Desde esse tempo, notei que minha mãe mudou", disse Ashurov aos oficiais.
"Durante chamadas telefônicas ela começou regularmente a dizer-me para rezar cinco vezes por dia, e viver de acordo com a lei Shariah, pois é uma obrigação de todo muçulmano", acrescentou.