Em meio a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro em indicar um ministro evangélico para o Supremo Tribunal Federal (STF), um dos nomes que também está sendo cotado é do juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Depois de um encontro sigiloso com Bolsonaro no Palácio do Planalto, 48 horas antes de Bolsonaro sugerir um evangélico para o STF pela primeira vez, Bretas foi questionado sobre a possibilidade de ser indicado.
“Se quero ser ministro do Supremo? Olha, não é meu projeto de vida. Agora, sei que ser ministro do Supremo é uma promoção ao topo da carreira. É o auge, o topo, uma honra. Quem ficaria triste com uma promoção dessa?”, disse Bretas à revista Época.
Desde a fala presidencial, o nome de Bretas passou a ser cogitado para o STF, assim como o advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça.
Na semana passada, Bolsonaro disse que uma das duas indicações que ele fará até o fim do mandato, será destinada a um ministro “terrivelmente evangélico”. “Não sei se sou terrivelmente, mas sou fiel”, disse Bretas, defendendo abertamente o critério apresentado para o cargo.
Bretas é evangélico e frequenta a Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul, na praia do Flamengo. A Bíblia Sagrada permanece sobre sua mesa e costuma ser citada nas sentenças e nas redes sociais.
Desde que entrou na Lava Jato e assumiu a 7ª Vara Federal Criminal no Rio, o juiz deixou clara sua posição cristã. “No dia em que ele chegou, tirou a Bíblia da pasta e disse: esse é o principal livro dessa vara”, contou Fernando Pombal, diretor de secretaria da 7ª Vara. “É o que guia o espírito e a inteligência dele”.