Rabino messiânico Mário Moreno durante entrevista ao Guiame. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)
Sucot, conhecida também como a Festa dos Tabernáculos ou Festa das Cabanas é a maior festividade do calendário judaico. Este ano, o acontecimento está marcado para acontecer no dia 28 de setembro, de acordo com o calendário gregoriano, equivalente ao dia 15 de Tishrei — o primeiro mês do calendário civil hebraico e o sétimo mês do calendário religioso.
Atualmente, a celebração reúne multidões entre 50 a 100 mil pessoas em Israel, aos pés do Muro das Lamentações. A festa relembra o êxodo dos hebreus no deserto após a sua saída do Egito, a gratidão a Deus pelas colheitas da estação e o retorno do Messias.
Em entrevista exclusiva ao
Guiame, o rabino messiânico Mário Moreno explica que a celebração se reveste significados especiais. "Ela é feita no sétimo mês, dura sete dias e está recheada de setes nela, que está ligado a plenitude e não à perfeição, como alguns acham. A festa de Sucot é o ponto máximo do calendário judaico", aponta.
A festa mais alegre do calendário judaico possui características peculiares. "Os rabinos de Israel, no último dia da festa, o 'Simchat Torá' (que significa a Alegria da Torá), saem às ruas e dançam abraçados com os rolos da Torá", explica o rabino.
Os judeus que vivem no Brasil costumam se reunir todas as noites, durante os sete dias, com danças e muita comida. "É um tempo de muita alegria onde a gente pode extravasar", diz Moreno. "Em Israel, quem dança são os homens, que saem nas ruas durante o Sucot. No Brasil o pessoal tem um certo bloqueio quanto a isso, quanto a ser alegre. Nós recebemos uma tradição de que 'eu sou crente, então eu tenho que ser pobre, triste e andar sempre de cabeça baixa'. Na realidade não é assim."
Arrebatamento durante o Sucot
Moreno afirma que a Festa dos Tabernáculos tem grande relação com o retorno de Jesus Cristo. "Está profetizado que o Messias voltaria em uma Festa de Sucot, e em um ano de Shemitah. A gente sabe que a Festa de Sucot, para nós, reafirma o momento do retorno do Messias".
Segundo a tradição judaica, Morena afirma que Jesus nasceu em uma Festa dos Tabernáculos. "A pista disso está no livro de João, onde é afirmado que 'a palavra se fez carne e tabernaculou'. A palavra 'tabernacular' significa 'armar tendas'. A única festa que se arma tendas em Israel é a de Sucot. A celebração está ligada com o nascimento do Messias, onde podemos expressar a Ele toda a gratidão pelo tempo de colheita que tivemos durante o ano."
"As Escrituras dizem que no fim dos tempos, os anjos viriam para recolher o trigo e colocar no celeiro do Eterno (Deus). O trigo são os justos. Você só recolhe o trigo quando a colheita termina. Então, por inferência, a gente crê que o arrebatamento vai acontecer em uma Festa dos Tabernáculos", indica o rabino.
Última Lua de Sangue
No dia 27 de setembro, dia antecedente ao Sucot, astrólogos e teólogos de todo o mundo estarão esperando
o último eclipse total da Lua, a "Lua de Sangue", que ocorreu em uma sequência conhecida como tétrade. Moreno aponta que este alinhamento profético indica grandes acontecimentos em Israel.
"Os nossos rabinos e os nossos sábios esperam grandes acontecimentos em Israel, inclusive algumas tragédias. Além de ser um tempo em que a gente tem que se alegrar, tem que ser um tempo também de vigilância", afirma o rabino. "Se acontecem tragédias com Israel, elas podem espirrar na igreja, porque é um corpo só."
Na visão de Moreno, é necessário que os líderes da igreja se aprofundem no conhecimento bíblico e entendam o significado das celebrações judaicas. "Se os nossos líderes forem bem instruídos a cerca disso, eles vão entender e querer fazer da forma correta. Infelizmente, tem muita gente fazendo da forma errada. A festa carrega uma unção própria, uma decoração própria e uma palavra própria."
Para o rabino, enquanto o arrebatamento não vier, a igreja precisa passar por um processo de restauração. "A gente precisa de urgência nesse mover de restauração para que a igreja se alinhe com Israel, e nesse alinhamento possa haver um entrosamento tão grande que um saiba que depende do outro. Israel precisa da unção que a igreja têm. E a igreja precisa do conhecimento que Israel tem. Se nós conseguirmos fazer com que haja essa troca, todos vão crescer e vão estar próximos para que a noiva possa ser levada para se encontrar com Yeshua."
Assista a entrevista completa: