A crise moral, política e econômica no Brasil é reflexo de uma falha da Igreja, declarou o pastor e deputado federal Marco Feliciano em entrevista ao Guiame na Expo Cristã.
“O Brasil está assim por causa da Igreja. A Igreja falhou. Os pastores não fizeram seu papel, não ensinaram cidadania a seu povo. A Igreja não orou. Em um país com 88% de cristãos, nós temos 1 milhão de abortos por ano, 63 mil assassinatos e o índice de drogados é o maior do mundo. Um país com tantos cristãos assim não era para estar desse jeito”, declarou Feliciano.
Para ele, o cenário só pode mudar quando os cristãos colocarem em prática as palavras de 2 Crônicas 7:14. “A Igreja fracassou. A solução é o joelho da Igreja. ‘Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e se arrepender, Deus vai ouvir dos céus’”, disse o pastor, em referência ao texto bíblico.
Rejeição política
Diante da grande rejeição aos políticos por causa dos frequentes escândalos de corrupção, Feliciano incentiva a população a entender que “sem política não existe ordem”.
“Se nós temos políticos indecentes é porque a nação os colocou lá. O parlamento é um reflexo do povo. Se nós temos um palhaço no parlamento, é porque algum palhaço votou nele. É assim que funciona”, observa. “A rejeição vem porque a grande mídia e a esquerda querem o caos, dividir para governar. Quando você prova que está tudo ruim você cria o caos, a crítica pela crítica”.
O deputado também destacou que ainda sofre retaliações por defender os princípios conservadores. “Sofro eu, sofre Bolsonaro, sofrem as pessoas que são de bem do país. Exatamente porque a Igreja se calou. A Igreja se esconde atrás da ‘oração’ e não tem coragem de ação”, afirma.
“Além de Igreja, somos pais, mães, cidadãos. Se você está vendo que o filho está aprendendo porcaria, por que não denuncia? Se está vendo as coisas erradas, por que não coloca a boca no trombone? Porque ninguém quer sair da zona de conforto. Até que comece a pegar para todo mundo, que é o que está acontecendo”, completou.
Feliciano reforçou a necessidade de um posicionamento da Igreja brasileira. “A Igreja pode sofrer uma retaliação tremenda caso a esquerda volte, porque a esquerda percebeu que nós, por termos fracassado, agora voltamos com toda a força. Nós temos uma chance no primeiro turno das eleições. Se tiver segundo turno, ore muito”, alertou.