Em menos de um mês, a Venezuela enfrenta o terceiro grande apagão que atingiu a capital, Caracas, e mais 21 estados. A população permanece sem água, sem comida, sem transporte público, sem trabalho, sem hospitais, sem remédios e sem escolas.
Três milhões de venezuelanos já procuraram refúgio em países vizinhos, a inflação passa de um milhão por cento ao ano e a crise política tem se intensificado.
Nesta terça-feira (2), a Assembleia Constituinte da Venezuela cassou a imunidade parlamentar do autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, abrindo caminho para uma eventual prisão do líder da oposição.
Para a grande maioria dos venezuelanos, a vida se resume à busca pela sobrevivência. “As pessoas estão andando como zumbis, sem saber o que fazer ou até mesmo por que estão andando por aí”, conta Paula, moradora do leste da Venezuela.
Maior parte do tempo dos venezuelanos é gasta resolvendo como obter água e comida. Os cristãos muitas vezes se sentem impotentes porque, embora eles vejam a necessidade, eles não têm recursos para ajudar a população.
“Estamos no momento mais crítico da Venezuela, mas é a melhor oportunidade para compartilhar Cristo”, declara Francisco, pastor da região central da Venezuela.
Leo, um pastor que orienta líderes jovens, concordou: “Não é fácil viver nesta situação. No entanto, aprendemos a nos contentar em qualquer situação. Isso não implica renúncia. Precisamos avançar, confiando e esperando em Deus, mas fazendo o que cada um, trabalhando nas trincheiras, deve fazer para gerar mudanças”.
Programas da Igreja Batista estão em vigor desde o ano passado para ajudar famílias pastorais com itens básicos através do Projeto RaVenz, que ajuda mensalmente os centros de alimentação das igrejas e conseguiu fornecer 300 mil refeições por mês no final de 2018.
Em setembro de 2017, parceiros do Ministério Batista de ajuda humanitária passaram uma semana na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, treinando 51 líderes venezuelanos e colombianos para o desenvolvimento da comunidade. Este e outros treinamentos foram cruciais para que os pastores conseguissem enfrentar os tempos sombrios na Venezuela.