O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convocou pessoas de todo o mundo nesta quarta-feira (23) a se unirem em oração pelos cristãos perseguidos no Oriente Médio neste Natal. A mensagem foi divulgada em um comunicado oficial pela Casa Branca.
"Vamos nos juntar com as pessoas ao redor do mundo em oração pedindo a proteção de Deus aos cristãos perseguidos e às pessoas de outras religiões, bem como os bravos homens e mulheres que servem em nosso exército, os diplomáticos, e os esforços humanitários para aliviar seu sofrimento e restabelecer a estabilidade, a segurança e a esperança para suas nações", disse o presidente.
"Em algumas áreas do Oriente Médio, onde os sinos da igreja haviam tocado durante séculos no dia do Natal, ficarão este ano em silêncio. O silêncio leva a trágica testemunha das atrocidades brutais cometidas contra estas comunidades pelo Estado Islâmico", acrescentou Obama.
O presidente lembrou que enquanto os cristãos americanos são livres para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, cristãos de outros lugares do mundo não podem desfrutar desta liberdade.
"Michelle e eu também estamos cada vez mais conscientes de que muitos de nossos irmãos cristãos não gozam desse direito, e mantemos especialmente perto de nossos corações e mentes aqueles que foram expulsos de suas terras antigas por causa de uma indescritível violência e perseguição", disse Obama.
A declaração de Obama foi publicada depois de uma longa sequência de numerosas atrocidades cometidas contra os cristãos pelo Estado Islâmico. O presidente tem sido repetidamente criticado por candidatos do Partido Republicano por ignorar a realidade dos cristãos perseguidos no Oriente Médio.
O republicano Donald Trump, concorrente à candidatura presidencial nas próximas eleições, disse à CNN que a administração de Obama tem recebido apenas refugiados muçulmanos da Síria, e não cristãos.
"Se acontecer de você ser um cristão na Síria, é quase impossível conseguir vir a este país", disse Trump. "Se você é um muçulmano, você pode entrar."
Em junho, o parlamentar Mike Huckabee afirmou que seu desejo era que Obama fosse "um pouco mais focado" no abate de cristãos pelo EI no Oriente Médio. Anteriormente, Rick Santorum disse que presidente "precisa ter uma noção da realidade" em relação às ameaças do grupo extremista.
"Os cristãos estão sendo decapitados e crucificados por estes selvagens. As pessoas de boa consciência que querem proteger os cristãos não estão recrutando ferramentas para o Estado Islâmico", disse Santorum pouco depois dos ataques terroristas em Paris, no mês passado.