Pais processam escola que incentivou transição de gênero da filha nos EUA

Dan e Jennifer Mead descobriram que a escola estava se referindo a sua filha com pronomes e nomes masculinos.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024 às 13:27
Dan e Jennifer Mead. (Reprodução/CBN News)
Dan e Jennifer Mead. (Reprodução/CBN News)

Dan e Jennifer Mead processaram o Distrito Escolar Público de Rockford em Michigan, nos Estados Unidos, por incentivarem a transição de gênero de sua filha sem o consentimento deles.

Em uma entrevista à CBN News, o casal expressou preocupação pela forma como os direitos dos pais são prejudicados.

“Enquanto estávamos trabalhando com a escola para abordar as necessidades acadêmicas de nossa filha em relação ao autismo, chegou ao nosso conhecimento que a escola estava ativamente enganando e escondendo de nós o fato de que eles estavam fazendo a transição de nossa filha de uma menina para um menino, usando o nome e os pronomes de um menino”, disse Dan.

Os pais descobriram o ocorrido depois de receberem uma papelada na qual um funcionário da escola “esqueceu inadvertidamente de mudar um desses nomes e pronomes masculinos”.

A princípio, Jennifer achou que era um erro e que o nome e as informações pertenciam ao filho de outra pessoa. Então, ela enviou um e-mail para a escola para obter informações, mas a instituição não respondeu.

“Começamos a pesquisar um pouco mais e questionar: 'Por que eles não responderam a um e-mail sobre informações importantes como esta?'. Então, assim que descobrimos o que realmente estava acontecendo, eu fiquei em choque”, contou a mãe.

Direito dos pais

O casal encontrou um livro “muito explícito” na mochila da filha que supostamente veio do conselheiro da escola. Segundo Dan, o livro narrava a história sobre um “relacionamento” homossexual entre dois meninos.

Nesse momento, os pais decidiram intervir: “Tivemos uma reunião com o diretor do colégio. Ele nos disse: 'Olha, você tem que entender que esta é a política da escola. Somos obrigados a fazer isso. Os desejos das crianças superam os dos pais, e não há muito que possamos fazer a esse respeito'”, relembrou Dan.

Kate Anderson, advogada da empresa cristã que representa o casal “Alliance Defending Freedom” (ADF), informou que tais políticas se tornaram “muito difundidas” em alguns locais dos EUA, onde distritos optam por não contar aos pais sobre mudanças nos pronomes dos alunos.

A advogada contou que isso é uma violação do direito dos pais de dirigir a educação dos filhos. Ela também observou que os pais conhecem melhor seus filhos e devem ser incluídos em decisões importantes como essas.

“Uma escola nunca deve esconder informações dos pais”, disse ela.

Jennifer contou que percebeu que sua filha estava enfrentando algum problema. A menina não queria mais frequentar a escola e apresentou um nível alto de ansiedade e depressão. 

“Estávamos trabalhando com a conselheira escolar muito de perto para criar um plano para ela”, disse Jennifer. 

“Eu também estava compartilhando informações pessoais sobre o que estava acontecendo dentro da nossa rotina familiar, e pensei que estávamos sendo transparentes”, acrescentou.

Justiça 

Após os incidentes, o casal informou que a filha “não está mais confusa”. Ela sabe que é amada e pode conversar com eles sobre qualquer coisa.

“Ela está avançando, suas notas estão altas e ela está feliz. Ela é uma criança diferente e é maravilhoso que a tenhamos de volta”, disse Jennifer.

Dan destacou que ele e a esposa poderiam ter ignorado as ações da escola para evitar o caos. Porém, eles sentiram a responsabilidade de falar e agir.

“Quantos outros pais fizeram isso antes de nós? Quantos virão atrás de nós? E se eu tivesse que olhar para outro pai ou mãe que passou por isso e dizer: 'Isso aconteceu conosco também, mas não fizemos nada'. Não sei como poderia lidar com isso”, observou o pai.

Dan afirmou que ele e a esposa querem impedir que isso aconteça com outras famílias

“Você não pode mentir para os pais. Você não pode reter informações, alterar documentos e nada disso”, concluiu ele.

 

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