A Polícia Metropolitana de Londres, na Inglaterra, se desculpou por prender injustamente uma evangelista de rua e pagou 10 mil libras em danos.
Hatun Tash, de 40 anos, foi detida por duas vezes no Speakers' Corner, um espaço de discursos públicos e debates localizado dentro do Hyde Park, após relatar aos policiais que estava sofrendo assédio e ameaças de manifestantes muçulmanos.
Em vez de proteger seu direito de livre expressão, os oficiais acusaram a evangelista de perturbar a ordem pública.
Depois de ser mantida sob custódia por 24 horas antes de ser libertada sem acusações, a cristã entrou com uma ação judicial contra a Polícia de Londres.
Os advogados de Tash afirmaram que sua prisão foi ilegal e que ficou claro que ela nunca deveria ter sido detida.
"A polícia deveria ter protegido sua liberdade de expressão, trazendo mais policiais ao Speakers' Corner para facilitar seus direitos", declarou sua equipe jurídica em comunicado.
Comentando o caso, Andrea Williams, executiva-chefe do Christian Legal Centre, um escritório de advocacia que defende os direitos religiosos, afirmou: “Este pagamento a Hatun é uma rara admissão da polícia de que eles erraram”.
E acrescentou: “Hatun é uma mulher destemida e apaixonada, que ama Jesus e que tem amor e compaixão por pessoas de todas as origens, com quem ela debate e quer alcançar com o Evangelho, que transformou sua vida”.
O inspetor Andy O'Donnell, da diretoria de padrões profissionais da Polícia de Londres, pediu desculpas diretamente a Tash em uma carta, lamentando o sofrimento que enfrentou e admitindo que “nessas ocasiões, o nível de serviço caiu abaixo do padrão exigido''.
Esfaqueada enquanto pregava
Além da indenização, a polícia concordou em pagar os custos legais da evangelista.
Em 2021, Tash foi esfaqueada no rosto por um homem desconhecido, vestido de preto, enquanto pregava no Speakers' Corner. A polícia informou que está investigando o incidente.
Hatun Tash faz parte do ministério Defend Christ Critique Islam, que tem o propósito de “pregar o Evangelho aos muçulmanos usando apologética e polêmica''.