A polícia de Londres, na Inglaterra, ameaçou prendeu um homem judeu, durante um protesto pró-Palestina, de acordo com a AP News.
No dia 13 de abril, Gideon Falter, executivo-chefe da organização “Campaign Against Antisemitism” (“Campanha Contra o Antissemitismo”), tentava atravessar uma rua no centro de Londres, enquanto os manifestantes passavam, quando foi abordado por dois policiais.
Um dos oficiais disse a Gideon que estava preocupado que sua aparência “abertamente judia” pudesse provocar uma reação dos protestantes pró-Palestina.
Então, o outro policial afirmou que prenderia o judeu se ele se recusasse a ser escoltado para fora do local, porque estava “causando uma violação da paz”.
“You are quite openly Jewish. This is a pro-Palestinian march. I am not accusing you of anything, but I am worried about the reaction to your presence.”
— Campaign Against Antisemitism (@antisemitism) April 18, 2024
Enough is enough. It is time for a major change.
On Saturday 27th April — the next anti-Israel march — we are asking you,… pic.twitter.com/lfJr7UZnif
Na semana seguinte do episódio, o Serviço de Polícia Metropolitana de Londres pediu desculpas nas redes sociais pela linguagem que o policial usou para descrever a aparência de Gideon, mas disse que os contra-manifestantes deveriam estar cientes que sua presença no protesto é provocativa.
Mais tarde, a Polícia Metropolitana excluiu a postagem com o pedido de desculpas e divulgou um novo comunicado.
“Em um esforço para defender a questão do policiamento dos protestos, causamos mais ofensas. Esta nunca foi a nossa intenção. Removemos essa declaração e pedimos desculpas”, afirmou.
E acrescentou: “Ser judeu não é uma provocação. Os judeus londrinos devem poder sentir-se seguros na cidade”.
Manifestações pró-palestina
Em meio às tensões da guerra na Faixa de Gaza, dezenas de manifestações pró-Palestina têm acontecido nas ruas de Londres.
A Polícia Metropolitana se mobilizou para proteger os direitos dos manifestantes pró-palestinos e para evitar confrontos com contra-manifestantes e moradores judeus.
Embora grande parte dos protestos tenham sido pacíficos, muitos manifestantes acusam Israel de genocídio e um menor número apoia o grupo terrorista Hamas, autor do ataque de 7 de outubro em Israel.
Alguns judeus que moram na capital britânica afirmaram que se sentem ameaçados com os protestos pró-Palestina.
Após Gideon Falter ser abordado e ameaçado pela polícia, a Campanha Contra o Antissemitismo lançou um convite aos moradores de Londres para execerem o seu direito de caminhar onde quiserem no próximo sábado (27), quando está marcada mais uma marcha pró-Palestina.
“Isto não é um protesto ou contraprotesto. Qualquer pessoa que deseje passear por Londres no sábado, 27 de abril… está livre para fazê-lo. Mesmo que sejam ‘abertamente judeus’”, declarou Gideon, em postagem no X.
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