Sempre em busca de polêmicas e ridicularizando os cristãos através de temas que envolvem Jesus e a Bíblia, principalmente no período das festas de fim de ano, o Porta dos Fundos decidiu cancelar o especial de Natal por “ser inadequado”.
Desta vez, não foi através de ações na justiça contra a produtora, mas por iniciativa própria. De acordo com a Revista Oeste, a filmagem, que foi feita em agosto, no Rio de Janeiro, se tornou inviável depois da guerra entre Israel e Hamas que teve início em outubro.
O especial exibiria piadas sobre a Bíblia e o Oriente Médio, de acordo com uma nota da produtora: “Quando o especial foi escrito e filmado, o mundo não enfrentava o que enfrenta hoje”.
Produtora se justifica
“Para comemorar o décimo especial de Natal, a obra audiovisual exibiria um stand-up comedy sobre o Velho Testamento. Estrelado por Fábio Porchat, a produção narraria com humor algumas histórias consideradas inusitadas da Bíblia, mas não traria Jesus como personagem”, conforme o UOL.
“Splash foi convidado para acompanhar a gravação que aconteceu em agosto deste ano na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói (RJ). Foi montada uma cenografia que remetesse ao Oriente Médio no ano 30DC”, explicou a produtora.
‘Não se trata de humor’
Em outras ocasiões, a produtora precisou cancelar suas “programações humorísticas” por apresentar Jesus Cristo como homossexual e envolvendo a figura de Deus com prostituição, mentira e deturpando valores e crenças cristãs.
Seus materiais foram alvos de críticas de políticos e líderes cristãos. “Não é humor, como eles alegam, muito menos liberdade de expressão. No meu entender, é a prática de algo tipificado no Artigo 208 do Código Penal Brasileiro, onde está escrito que é crime ‘vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso’. Neste caso, vilipendiam a representação dos personagens bíblicos, incluindo a figura do próprio Jesus”, disse a psicóloga Marisa Lobo em sua coluna no Guiame.
“Você acha que, se o grupo Porta dos Fundos fizesse um ‘especial’ retratando Maomé em um prostíbulo, teria a proteção da Justiça? Ou, se retratasse um Orixá, os ‘patuás’ ou canjerês de forma ridicularizada, totalmente contrária ao que seus adeptos acreditam e ensinam, o trabalho seria visto como nada mais do que mera produção artística e humorística?”, questionou ao concluir.