Na última quinta-feira (5), o PSD anunciou a troca que o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) passará a ser suplente na Comissão de Direitos Humanos. Desta forma, o parlamentar não poderá mais concorrer à presidência do colegiado.
Segundo um acordo feito entre os partidos, para dividir o comando das comissões da Casa, a chefia da CDH seria ocupada por um petista. O Partido dos Trabalhadores indicou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) para concorrer à presidência.
Apesar de colocar o pastor na suplência, o PSD sugeriu que Sóstenes seja indicado como relator do Estatuto da Família.
"Na impossibilidade de o deputado reavaliar seu posicionamento, o PSD age com coerência e mantém um dos principais pilares morais da política: a palavra", disse Rogério Rosso, líder do PSD (DF).
Apesar da decisão do PSD, alguns dos deputados que apoiavam a candidatura de Sóstenes têm pensado em maneiras de colocar o pastor novamente na eleição.
Na manhã da última quinta-feira, Cavalcante disse à Folha de S. Paulo que sua postura na presidência da Comissão de Direitos Humanos não seria radical e daria espaço ao diálogo.
"Essa comissão tem gente de extrema direita, como é o caso do Bolsonaro, e o pessoal da extrema esquerda, que são petistas, o PSOL, que estão ali para defender só um tipo de bandeira, que são legítimas. Quero ser árbitro desses dois extremos e trazer para o diálogo. Quero trazer pautas que a sociedade realmente demanda. Não quero ser presidente para frear minoria. Acho que a minoria tem o seu direito. Vamos colocar para votar matérias de interesse da minoria", disse.