Professor brasileiro de Harvard é suspenso após disparos com chumbinho perto de sinagoga

Carlos Portugal Gouvêa chegou a ser detido pela polícia e alegou às autoridades que estava disparando para “caçar ratos”.

Fonte: Guiame, com informações do Boston e Jerusalem PostAtualizado: terça-feira, 7 de outubro de 2025 às 15:08
Professor Carlos Gouvêa. (Foto: Divulgação/Harvard Law School)
Professor Carlos Gouvêa. (Foto: Divulgação/Harvard Law School)

Na véspera de Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, um episódio preocupante marcou a cidade de Brookline, na região metropolitana de Boston.

Carlos Portugal Gouvêa, professor brasileiro visitante da Harvard Law School e docente associado da Universidade de São Paulo (USP), foi detido pela polícia sob a acusação de ter disparado uma arma de chumbinho (pellet gun) nas proximidades da sinagoga Templo Beth Zion, em Massachusetts.

Segundo relatos policiais, por volta das 21h, um segurança da sinagoga teria ouvido dois disparos altos e avistado Gouvêa segurando a arma perto de uma árvore, em um ponto próximo ao templo.

Durante a inspeção, os agentes encontraram uma janela de carro estilhaçada e um projétil de chumbinho incrustado na lataria do veículo, estacionado nas proximidades da sinagoga indicando que o disparo atingiu propriedade privada.

Fundador do Sou da Paz

Gouvêa, de 46 anos, declarou às autoridades que estava disparando para “caçar ratos” nas proximidades do Templo Beth Zion.

Em nota divulgada à imprensa, o professor – fundador do Instituto Sou da Paz, organização criada em 1997 com foco na redução da violência e na preservação da vida no Brasil – afirmou respeitar profundamente a comunidade judaica e os frequentadores da sinagoga.

A liderança da sinagoga Templo Beth Zion, por meio de carta dirigida aos seus afiliados, manifestou que “não há razão para acreditar que se trate de um ato antissemita”, com base nas primeiras informações recebidas da polícia.

Eles apontaram que Gouvêa pode não ter tido consciência de que morava próximo a um templo ou que era um feriado religioso.

Protocolos de segurança

Também agradeceram a atuação dos seguranças e da polícia, ressaltando que os protocolos de segurança funcionaram e evitando maiores danos ou ferimentos.

Gouvêa foi formalmente acusado dos seguintes crimes: descarga ilegal de arma (arma de chumbinho), conduta desordeira, perturbação da paz e dano à propriedade (vandalismo).

Ele foi liberado mediante compromisso de comparecimento (sem fiança paga), em audiência no Tribunal Distrital de Brookline.

A Harvard Law School confirmou que Gouvêa foi colocado em licença administrativa enquanto investiga o caso.

Até o momento, nenhuma punição adicional foi oficialmente anunciada.

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições