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Ministro de Israel pede que judeus migrem após onda antissemita: “Voltem para casa”

Gideon Saar, ministro das Relações Exteriores de Israel, afirmou que a comunidade judaica não está mais segura em outros países.

Fonte: Guiame, com informações de CBN News, The Jerusalem Post e IndependentAtualizado: terça-feira, 30 de dezembro de 2025 às 15:03
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar. (Foto: Wikimedia Commons/DedaSasha).
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar. (Foto: Wikimedia Commons/DedaSasha).

O ministro das Relações Exteriores de Israel pediu aos judeus ao redor do mundo que façam aliá para a nação israelense em meio ao aumento do antissemitismo global.

Aliá é termo hebraico para a imigração judaica para Israel. Conforme a Lei do Retorno de Israel de 1950, qualquer pessoa judia no mundo tem o direito de imigrar para o país.

Durante um evento de acendimento de velas no Hanukkah na cidade de Rishon LeZion, em 21 de dezembro, Gideon Saar afirmou que a comunidade judaica não está mais segura em outros países.

"No último ano, concentramos esforços na luta contra o aumento do antissemitismo ao redor do mundo. Em maio, convoquei uma grande conferência internacional sobre o tema aqui em Jerusalém. Exigimos que governos estrangeiros tomassem medidas reais contra o novo antissemitismo. Poucos o fizeram. A maioria permitiu uma onda desenfreada de antissemitismo aberto na esfera pública”, disse Saar.

Segundo o ministro, com o crescimento do ódio antissemita, os judeus se tornaram alvos em diversos países ocidentais.

"Os judeus têm o direito de viver em segurança em qualquer lugar. Mas vemos e entendemos plenamente o que está acontecendo, e temos uma certa experiência histórica. Hoje, judeus estão sendo caçados pelo mundo”, ressaltou ele.

Gideon Saar se dirigiu às comunidades judaicas em países específicos e as convocou para se mudarem para Israel.

“Hoje faço um apelo aos judeus na Inglaterra, judeus na França, judeus na Austrália, judeus no Canadá, judeus na Bélgica: venham à Terra de Israel! Voltem para casa. Estamos esperando por vocês aqui de braços abertos, com amor, no verdadeiro lar do povo judeu", declarou.

E acrescentou: “Por que criar seus filhos nesse ambiente? Venham com suas famílias para a terra de nossos antepassados, para o Estado de Israel, onde os judeus ensinaram ao mundo inteiro o que significa autodefesa judaica. Chegou a hora".

O apelo do ministro das Relações Exteriores de Israel ocorreu uma semana depois do ataque terrorista em um festival judaico na praia de Bondi, em Sydney, que matou 15 pessoas.

De acordo com a Agência Judaica, que realiza a aliá, há oito milhões de judeus no mundo elegíveis para realizarem a imigração.

Em entrevista recente à CBN News, Danielle Mor, a vice-presidente de Israel Allies and Global Philanthropy na Agência Judaica, afirmou que espera que um milhão de judeus façam aliá nos próximos cinco anos.

Mor explicou que judeus migram para Israel atraídos por fatores positivos, como senso de identidade, ou pressionados por preocupações com segurança, economia e aumento do antissemitismo.

Voltando para casa

Neste ano, 4.150 judeus da América do Norte fizeram aliá em 2025, segundo a Nefesh B'Nefesh, uma organização que ajuda na imigração judaica. O número representa um aumento de mais de 12% em comparação com o ano passado.

Entre os judeus da Europa Ocidental – incluindo Grã-Bretanha, França, Suíça e Holanda – a imigração para Israel têm aumentado nos últimos anos.

Em 2024, o total de imigrantes da Europa Ocidental chegou a 3.746, um aumento de 68% em relação aos 2.227 registrados em 2023. Apenas da França, 2.178 judeus imigraram no ano passado, quase o dobro dos 1.097 de 2023, representando um aumento de 99%.

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