A Câmara dos Deputados da Holanda disse que dará seu veredito sobre o projeto de lei “Transgender Act” — que visa facilitar a mudança legal de gênero sem necessidade da declaração de um médico ou psicólogo.
Além disso, permitirá que jovens e adolescentes alterem seu gênero em certidões de nascimento, passaportes e carteiras de identidade sem o consentimento dos pais, conforme o Evangelical Focus.
Um estudo, porém, realizado pela associação holandesa de pacientes cristãos NPV, mostra que a maioria dos holandeses tornou-se significativamente mais crítica em relação ao projeto de lei pendente.
Resultados do estudo
O estudo entrevistou 1.007 pessoas. A maioria pensa que é importante que certas condições sejam cumpridas antes de uma mudança legal de gênero.
Dois terços dos entrevistados disseram que deveria haver uma idade mínima para mudança de gênero nos documentos oficiais.
Entre eles, 37% aponta que a idade mínima deveria ser 18 anos, enquanto 35% acha que a idade apropriada é de 25 anos, justificando que é “quando o cérebro já está maduro”. Apenas 28% disse que a idade mínima deve ser 16.
Quando questionados se é necessária uma declaração de um médico ou psicólogo, 54% deu uma resposta positiva e apenas 14% discordou.
Preocupação dos holandeses
Segundo o diretor do NPV, Diederik van Dijk: “As críticas à nova lei de transgêneros cresceram entre a população, e não consigo ver isso separadamente da crescente atenção às consequências deste projeto de lei”.
“Isto trará consequências para os jovens. Esperamos que a Câmara leve essas preocupações a sério e rejeite este projeto de lei”, acrescentou.
Além disso, metade dos pesquisados acha que o gênero masculino ou feminino deve sempre ser mencionado nas certidões de nascimento.
Direitos transgêneros na Holanda
Os direitos reservados especialmente para gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e demais denominações da comunidade LGBT, na Holanda, têm sido alguns dos mais progressistas do mundo.
A atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo no país tem recebido atenção exagerada. De acordo com uma matéria publicada pelo Guiame, em julho de 2020: “A ministra da Educação, Ingrid van Engelshoven, que também é responsável pelas questões de emancipação, disse que “identificar o gênero nos cartões de identidade é desnecessário e fere as pessoas que se identificam como LGBT”.
Na época, ela declarou ainda que “todos os cidadãos devem poder desenvolver sua própria identidade em liberdade” e que “eliminar o gênero das identificações ajudaria as pessoas que não se sentem como homem ou mulher”.
Infelizmente, essa é uma pauta discutida em diversos países, na tentativa de normalizar a ideologia de gênero, que tenta refutar o fato de que Deus criou apenas homens e mulheres.