A Holanda deve retirar em breve o campo onde se marca o gênero dos cartões de identificação dos cidadãos, anunciou o governo. A medida visa apoiar a agenda ideológica LGBT e prevê que outros documentos oficiais devem seguir a mesma linha.
A ministra da Educação Ingrid van Engelshoven - que também é responsável pelas questões de emancipação - disse que identificar o gênero nos cartões de identidade é "desnecessário" e fere as pessoas que se identificam como LGBTQIA+.
Ingrid van Engelshoven, ministra da Educação. (Foto: Sebastiaan ter Burg de Utrecht)
Em discurso no parlamento holandês, ela destacou que todos os cidadãos devem poder desenvolver sua "própria identidade em liberdade". Eliminar o gênero das identificações ajudaria as pessoas "que não se sentem inequivocamente como homem ou mulher".
A iniciativa foi acordada dentro do governo de coalizão e se tornará realidade quando o país emitir o novo cartão de identidade do cidadão, a partir de 2024.
Grupos de transexuais, de gênero diversificado e LGBT comemoraram o que consideram um avanço em seus objetivos. Eles disseram ao jornal holandês Trouw que eram “ótimas notícias” para as pessoas que “frequentemente fazem perguntas desnecessárias e indiscretas em trens ou na fronteira”.
Tendência ganha impulso na Europa
Os planos do governo holandês vão além dos cartões de identificação. As referências a gênero ou sexo também podem ser apagadas em outros documentos oficiais.
De acordo com o Dutch News, o site do governo para busca de emprego 'Werken voor Nederland' (trabalhando para a Holanda) já eliminou o requisito de marcar a opção de gênero.
Essas mudanças não serão aplicadas aos passaportes, uma vez que seguem as regras comuns da União Europeia, mas a ministra van Engelshoven disse que espera que a maioria dos estados membros da UE aprove essa mudança no futuro.
Outros países do continente tomaram medidas no sentido de eliminar as referências ao gênero de seus cidadãos.
Em 2019, a França substituiu as palavras “mãe” e “pai” por “Pai 1” e “Pai 2” nos documentos oficiais da escola.
Em 2018, a Alemanha aprovou uma opção de "terceiro gênero" para pessoas que desejavam se registrar em documentos oficiais usando a categoria "diverso".
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