Lúcia Cabral, de 73 anos, foi internada com urgência no hospital devido ao agravamento do seu estado de saúde e na mesma noite foi declarada morta.
Os médicos a desconectaram do respirador e depois de um tempo, quando estavam prestes a colocá-la na bolsa para transferi-la para o necrotério, surpreendentemente a idosa começou a mexer os membros.
A equipe descobriu que Lucía apresentava sinais vitais, embora muito debilitados. Daquele dia em diante, a mulher começou a melhorar consideravelmente.
“A única mensagem que tenho é que as pessoas saibam que Deus existe e sem o seu poder não somos nada, mas com ele somos tudo”, disse a idosa.
“Posso dar esse testemunho porque saí e estou aqui sentada nesta cadeira cheia de felicidade”, explicou Lucía, quando saiu do Hospital da Madariaga, onde esteve internada.
Milagre
Alguns profissionais consideraram que foi uma falha no exame físico que levou a um diagnóstico errado de óbito. Porém, para Lúcia, assim como para a maioria dos membros de sua família, foi um milagre.
A verdade é que embora tenha saído em cadeira de rodas, Lúcia dirigiu-se ao carro do genro, que a esperava para levá-la para casa e em todos os momentos da sua conversa com o El Territorio, manteve a calma, o espírito inabalável e foram aqueles ao seu redor que derramaram lágrimas de emoção.
A idosa agradeceu a todos aqueles que durante tantos dias souberam de sua saúde, mas confessou não se lembrar de nada do que aconteceu naquele dia, só sabe o que seus filhos e os médicos intensivistas lhe disseram.
“Sinto-me muito bem porque pelo que me disseram, para mim é um milagre de Deus. A verdade é que não pensei em voltar para casa, mas aqui estou", disse.
O milagre de Lúcia adicionou fé e esperança neste ano que atingiu negativamente muitas pessoas que passaram por momentos difíceis por causa do coronavírus e tudo o que isso acarretou. Sua história gerou empatia e sua alta trouxe alegria para aqueles que estavam interessados em sua melhora.
A idosa não perdeu a oportunidade de agradecer aos profissionais de saúde que a atenderam: “Não posso reclamar porque todos me trataram muito bem, médicos, enfermeiras".
Agradecimentos
Lucía tem dez filhos, 35 netos e 30 bisnetos. “Tenho que agradecer a Deus por esta vida, por estar de volta aqui com meus filhos e meus netos. Somos um grupo”, compartilhou Lucía.
Uma das pessoas que mais a acompanhou ao longo desse tempo foi Carolina Quian, sua filha, que expressou visivelmente comovida: “Digo às pessoas que honrem seus pais, é o primeiro mandamento com a promessa de Deus para que possamos fazer o bem. e tenhamos uma vida longa na terra”.
“Mais uma vez Deus nos mostra o quão grande ele é em nossa vida”, disse o neto Nazareno Gabriel Quian.