Cristãos de diversos países do mundo mundo estão lembrando durante esta semana, dos 21 cristãos coptas que foram decapitados por militantes do Estado Islâmico há um ano, em um vídeo que continha uma mensagem ameaçadora ao "povo da cruz".
"Um profundo e presente resultado deste ato horrível é o que tem unido as pessoas", disse o bispo Anba Angaelos, líder geral da Igreja Ortodoxa Copta, em um culto especial, na semana passada na capela de St. Mary Undercroft no Palácio de Westminster, em Londres.
"Estes homens pagaram o preço final, mas deram-nos uma causa para ser defendida em nome de todos aqueles que são perseguidos, mas também nos mostraram que havia um nível de maldade que todos nós devemos nos posicionar contra e um nível de coragem, fidelidade e desafio que todos devemos aspirar", acrescentou Angelos.
Os coptas foram seqüestrados em incidentes separados na Líbia ao longo de Dezembro de 2014 e Janeiro de 2015, antes de ser lançado um vídeo, mostrando a sua decapitação em massa, no dia 15 de fevereiro de 2015.
O vídeo intitulado "Uma mensagem assinada com o sangue para a nação da Cruz" mostrou uma série de militantes do Estado Islâmico atrás dos cristãosm, que estavam ajoelhados e usando macacões laranja. Logo após os 21 cristãos coptas foram decapitados ao mesmo tempo e tiveram suas execuções registradas pelas câmeras.
Cristãos e outras minorias têm sofrido horrores nas mãos do Estado Islâmico em todo o Iraque e na Síria, mas também em outros territórios, como a Líbia, onde o grupo terrorista foi se espalhando. Um ano depois, o EI permanece no controle de várias cidades importantes e continua sua severa perseguição contra as minorias - apesar dos esforços dos líderes mundiais para contê-los.
A Agência Fides News informou que bispos e padres da Igreja Ortodoxa Copta fez menção na liturgia do último culto, as mortes dos 21 coptas, que estão sendo lembrados como os "mártires da Líbia", porque eles foram mortos especificamente por causa da sua fé cristã.
Patriarca ortodoxo copta, Tawadros II registou oficialmente os 21 coptas no Synaxarium - o livro dos mártires da Igreja Copta - e estabeleceu que a memória destes deve ser celebrada em 15 de fevereiro.
Um número de líderes cristãos têm compartilhado seus pensamentos sobre os cristãos decapitados, como o Lord Alton, de Liverpool, que afirmou após o culto de Westminster:
"É especialmente importante lembrar o aniversário do brutal assassinato dos 21 cristãos coptas na Líbia há um ano, não só para mantê-los em nossa memória, mas para lembrar e defender todos aqueles que continuam a enfrentar perseguição no Oriente Médio. O que está acontecendo com os cristãos e as minorias naquela região não é nada menos que genocídio e não podemos simplesmente sentar e assistir a comunidades inteiras sendo erradicadas".
O Rev. Rose Hudson-Wilkin acrescentou que os cristãos devem deixar o mundo saber que o 21 coptas não serão esquecidos.
"Nos lembramo deles, lembramos o que lhes aconteceu e vamos perdoar seus executores, porque nós pertencemos a Deus. Espero também que isto esteja enviando uma mensagem de que estamos juntos", disse ele, de acordo com a 'Independent Catholic News'.