Jim Daly, presidente da organização 'Focus on the Family', que tem prestado apoio as famílias dos 21 cristãos egípcios degolados pelo Estado Islâmico na Líbia (Fevereiro de 2015), disse em uma declaração, na semana passada, que os filhos daqueles mártires foram encorajados pelo atitude sacrificial de seus pais.
"A ótima notícia sobre as famílias dos mártires que morreram na Líbia é que mesmo depois de mais de dois anos, eles ainda têm sido consolados pelo Espírito Santo e aderem à fé que seus familiares mártires mostraram ao mundo inteiro; Como o verdadeiro cristão deve viver e morrer pela glória de Cristo", informou a equipe 'Focus on the Family' do Oriente Médio.
"Enquanto visitamos regularmente as famílias, nos reunimos com algumas das esposas dos mártires e lhes perguntamos sobre seus filhos e como eles vivem agora, uma resposta comum foi: 'Nossos filhos em sua nova e agradável escola privada ficam sempre tão orgulhosos de seus pais entre seus amigos e têm se esforçado bastante para retomar seus estudos e manter esse novo nível de educação", relatou Jim.
Além disso, os parentes dos 21 coptas degolados no trágico episódio de 2015 também visitaram e prestaram apoio a outras famílias de cristãos que perderam entes queridos nos ataques terroristas posteriores, ocorridos nas cidades do Cairo, Tanta, Alexandria e o mais recente fuzilamento em um ônibus, próximo a Minya, neste ano.
As famílias têm compartilhado entre si o seguinte sentimento: "Deus tem sido fiel e nos fortaleceu em uma experiência tão difícil e dolorosa".
Os coptas sofreram terrivelmente nas mãos de radicais do Estado Islâmico em várias ocasiões, enquanto os extremistas juraram que vão continuar em seu plano de exterminar os cristãos.
O vídeo da decapitação dos 21 coptas em fevereiro de 2015 foi intitulado "Uma Mensagem Assinada com Sangue para a Nação da Cruz", mas, apesar das terríveis ações dos jihadistas, a comunidade copta minoritária no Egito acabou se destacando pelo seu exemplo de fé e pela coragem dos mártires diante da morte. Os 21 homens foram assassinados por se recusarem a negar sua fé em Cristo.
Como a organização 'International Christian Concern' reportou no aniversário de dois anos das decapitações em fevereiro, parentes dos homens, que foram sequestrados em incidentes separados na Líbia, em dezembro de 2014 e janeiro de 2015, honraram as memórias de seus entes queridos.
Uma viúva disse na época que seu marido "manteve a fé e foi martirizado em nome de Cristo".
"Sua fé era muito forte. Estou orgulhosa dele. Ele levantou a cabeça e honrou a nós e a todos os cristãos", declarou ela.
Outro membro da família comentou: "Estou muito feliz pelo fato de que meu irmão está no céu, com Jesus agora. Amei o meu irmão quando ele esteve vivo na Terra, mas agora eu o amo mais do que antes. Ele foi martirizado em nome de Jesus Cristo".
O patriarca copta ortodoxo Tawadros II registrou oficialmente os 21 coptas no livro de mártires em 2016 porque eles foram mortos especificamente por sua fé cristã.
Dom Amba Angaelos, bispo geral da Igreja Copta Ortodoxa, disse que a tragédia acabou unindo ainda mais os cristãos.
"Esses homens pagaram o preço final, mas nos deram uma causa para defender todos os perseguidos; Eles também nos mostraram que havia um nível de maldade que todos devemos combater, e um nível de coragem, fidelidade e desafio a que todos devemos ver como exemplo", disse Angaelos sobre os coptas.
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