Aos 13 anos. Adenilton Dantas começou a se envolver com assalto à mão armada. O que ele achava ser uma grande brincadeira, para que pudesse ficar perto dos traficantes de seu bairro, se tornou seu maior prejuízo.
“Eu fazia parte de uma turma de jovens da mesma idade que queria ter dinheiro. Agente ficava conversando e vendo os traficantes, por isso resolvemos praticar assalto a mão armada. Pegamos o revólver do tio do meu primo e fizemos o primeiro assalto. Começamos a comprar armas”, contou ele.
“No início era uma diversão muito grande, mas as coisas foram criando proporções. A polícia começou a ir atrás e a investigar. Nós estávamos em meio a uma guerra enorme , mas ainda estávamos pensando que tudo é uma grande diversão”, ressaltou Adenilton.
O rapaz conta que começou a se aprofundar no crime. “Nós começamos a fazer roubos mais sérios. Começamos a entrar em uma guerra de tráfico e por isso que não podíamos mais sair de qualquer forma, precisávamos ficar vigiando a todo tempo. Aos 24 anos, no dia 21 de dezembro de 2001, subi até a parte de cima da favela trocar tiros com os meninos de lá”, disse.
O irmão de Adeilton Dantas, que tinha 18 anos, foi morto neste dia e Adenilson foi preso pouco tempo depois. “Cometi um crime e foi preso em flagrante. Preso, um carcereiro perguntou se eu gostaria de ir ao culto. Quando cheguei no espaço, uma mulher, que recebia todos, me parou e colocou a mão no meu peito”, contou.
“Ela disse: ‘Não tem para onde correr, não tem para onde fugir. Você vai sair daqui pregando o Evangelho’. Eu participei do culto, ouvi aquela palavra, falei com Deus, ajoelhei e abrir a Bíblia. Eu aceitei a Jesus e na outra semana eu confessei Jesus na frente de todos”.