Daniel cresceu em uma família cristã, nos Estados Unidos. Apesar de ir à igreja e de seus pais o ensinarem sobre o amor de Deus, o menino não enxergava o Senhor da mesma forma.
“Ele era um disciplinador. Eu não sentia que era bom o suficiente”, contou Dan, em entrevista à CBN News.
Com uma visão distorcida de Deus, o menino ainda se sentia muito cobrado pelo seu pai, Doug Hugill.
“Meu pai era meu heroi quando eu era criança. Não é que meu pai tenha feito alguma coisa para me fazer sentir inaceitável. Eu só acho que ele era muito exigente e eu era muito tímido”, explicou Daniel.
Seu pai trabalhava na mesma escola em que estudava, como professor de física do ensino médio e treinador de cross country.
Álcool na adolescência
Aos 13 anos, Daniel descobriu que o álcool o fazia sentir menos pressionado a estar à altura.
“Isso me fez sentir forte, fez a timidez passar. Escondeu toda a parte de mim que não parecia boa o suficiente. Encontrei um caminho onde me senti aceito”, revelou ele.
Com uma identidade falsa, o adolescente conseguiu comprar bebidas alcoólicas todos os dias. Até que, através de um amigo, Daniel experimentou metanfetamina e se tornou viciado na droga.
“Quase parecia o Popeye, você sabe, quando o Popeye come espinafre. Isso me fez sentir como se estivesse sóbrio e poderoso. E então, tive a coragem do álcool, depois essa explosão eufórica da metanfetamina. As pessoas meio que achavam que eu era louco. Gostei do respeito que vem com isso”, lembrou.
Ingressando no tráfico
Daniel e seu pai Doug. (Foto: Reprodução/CBN News).
Logo depois, o adolescente foi expulso da escola, onde seu pai trabalhava. Na época, Doug não sabia mais o que fazer com o filho.
“Foi constrangedor e difícil. Eu tinha medo dele às vezes. Eu conversava com Daniel e não estava falando com o mesmo Daniel. Uma noite, ele ameaçou me matar, e foi difícil porque esse não era o Daniel que eu conhecia”, disse o pai.
Para sustentar o vício, Dan passou a vender drogas e trabalhar como segurança de um bar. Mais tarde, ele se tornou um temido capataz de traficantes de drogas.
“Ele nos deixou falidos de várias maneiras”, afirmou Doug. Ele e a esposa Kim clamaram a Deus pela vida do filho.
“Todas as semanas, no apelo, eu ia em frente e dizia: 'Senhor, estou orando a sua Palavra porque precisamos de um milagre’”, comentou.
Enquanto isso, Daniel sabia que estava se rebelando. “Eles estavam tentando me ajudar. Eu simplesmente não quis ouvir. Eu era violento e agressivo”, admitiu.
Aos 29 anos, o traficante era procurado pela polícia e seu rosto estava no noticiário. Em uma decisão difícil, os pais decidiram entregar o filho às autoridades.
“Antes que Daniel pudesse se matar, tivemos que intervir. É terrivelmente difícil tomar uma decisão quando é alguém que você ama tanto, e será você quem vai denunciá-lo e eventualmente levá-lo para a prisão. Palavras não podem descrever a profundidade de como seu coração está partido”, afirmou Doug.
Clamando a Deus por misericórdia
Daniel foi batizado na prisão. (Foto: Reprodução/CBN News)
Dan foi preso e sentenciado a 12 anos de detenção. Quando foi pego pela polícia, Dan entrou em desespero, se arrependeu de sua vida no crime e clamou ao Senhor por misericórdia.
“Eu tenho estado tão mal e não sei o que fazer e preciso de você. Você está disposto a me aceitar de volta?”, orou ele.
E testemunhou: “Depois disso, senti repulsa pelas drogas, não queria tocar em álcool, não queria tocar em metanfetamina”.
Ao chegar na prisão, Daniel participou de um culto, entregou sua vida a Jesus e foi batizado. Durante os anos encarcerado, o ex-criminosos foi transformado pelo Evangelho e cresceu em seu relacionamento com Cristo.
Um novo homem
“Eu senti o Espírito Santo literalmente sentado ao meu lado no meu beliche e eu me lembro dele como se estivesse falando com o meu espírito. E encontrei calma e conforto nisso”, declarou ele.
Depois de cumprir sua sentença, Daniel foi liberto e seu pai percebeu sua mudança imediatamente.
“Foi incrível porque ele apareceu, me deu um grande abraço e ele é o Dan que você vê agora. Ele está cheio de felicidade, está cheio do Espírito Santo. Ele ama a Deus. Sinto que tenho meu filho de volta”, ressaltou Doug.
E refletiu: “A oração é poderosa. Deus é fiel. Deus é bom. Ele cuida de nossos filhos. Então, pais e avós continuem orando por seus filhos, porque essas orações são ouvidas”.
Hoje, Dan é casado e tem uma linda família. Ela serve em sua igreja e ajuda viciados em sua recuperação.
“Jesus interveio, e aquele sangue me cobriu. Por mais que eu tenha estragado tudo, Deus olha para mim e me ama como ama Jesus. Acho que ainda nem compreendo isso completamente, mas isso é a coisa mais libertadora do mundo inteiro”, concluiu.
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