Débora Costa da Conceição Scherrer da Silva, do Rio de Janeiro, testemunhou como Deus usou o Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu para levar uma vida a Jesus.
Em 2019, a cristã, de 39 anos, acompanhou o filho até a delegacia para registrar a perda da carteira de identidade.
“Chegando lá, pedi à delegada que me ajudasse, pois ele precisaria da identidade para se apresentar no quartel. Ela falou: ‘Vai lá, faz o boletim na internet aqui ao lado e volta’. Assim fizemos”, disse Débora, ao Site Mulher Cristã.
Em seguida, ela começou a passar mal. “Senti como se algo estivesse anestesiando a minha cabeça, algo muito estranho. Percebi que algo grave estava acontecendo comigo e tentei falar o nome do meu filho, mas não conseguia, pois minha língua enrolou. Sentia vontade de ir ao banheiro, mas, quando olhei, já estava toda molhada. Meu braço esquerdo e minha perna paralisaram”.
Socorro enviado por Deus
Então, seu filho chamou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), porém os socorristas estavam demorando a chegar.
“Fiquei ali, passando mal, com meu filho Matheus, que ficou muito assustado ao me ver com a boca torta e o braço e a perna paralisados”, lembrou Débora.
Perto dali, no mesmo momento, um pastor que estava entregando currículos à procura de emprego, ouviu a voz de Deus o ordenando a ir para a delegacia.
“Quando chegou lá, meu filho pediu o celular dele para avisar meu esposo. Deus mandou o pastor falar que ele era habilitado. Meu filho disse: ‘Então, socorre minha mãe que está passando mal lá dentro’. E os dois me colocaram no carro e me levaram ao hospital”, relatou a cristã.
Débora foi atendida, mas precisou ser transferida para outro hospital para fazer uma tomografia.
“Lá, fiz uma tomografia, e o neurocirurgião disse que eu havia tido um AVC hemorrágico no lado direito da cabeça, paralisando todo meu lado esquerdo. Fiquei internada uma semana na sala vermelha”, disse.
No ambiente hospitalar, a fé da cristã foi provada e ela ficou com medo de morrer. “Vi muita gente morrer: conversavam um dia, amanheciam mortos no outro. Tive a certeza de que o ser humano só tem valor para Deus, pois as pessoas morriam e não eram reanimadas’, afirmou.
“Minha pressão não baixava, era 26/15 constantemente. Não conseguia dormir, com medo de morrer”.
Cumprindo um propósito
Até que Débora buscou força em Deus e pensou: “Se vou morrer, vou morrer pregando”. Ela passou a evangelizar e testemunhar sobre o que Deus havia feito em sua vida aos outros pacientes.
“Quando não fazemos o que Deus quer, seja pregar, orar pelos outros, Ele cria uma situação. No meu caso, foi um AVC”, enfatizou.
Logo depois, seu quadro de saúde se estabilizou e ela recebeu alta. Mais tarde, Débora convidou o pastor que a socorreu para pregar em um evento em sua igreja.
Alma resgatada
Foi então que ela soube que seu testemunho de sobrevivência havia levado uma pessoa improvável a Jesus.
“O pastor contou meu testemunho e a mãe dele, que era macumbeira, se converteu. Fiquei muito feliz. Continuei firme na obra do Senhor”, testemunhou Débora.
Além disso, a mulher ainda foi curada milagrosamente das sequelas do AVC. “Nunca fiz fisioterapia, meus movimentos voltaram sozinhos, minha boca desentortou. Tudo para a honra e glória de Deus”, declarou.
“Os médicos ficaram impressionados: havia nove pacientes no CTI com o mesmo AVC que eu e todos estavam em coma. Eu só estava torta. Hoje nem torta estou mais: sou um milagre vivo”.
Hoje, Débora palestra sobre a importância das mulheres cuidarem de sua saúde para evitar o que aconteceu com ela.
“Esse AVC aconteceu porque eu cuidava de todos e esquecia de mim. Precisamos cuidar primeiro de nós — emocional, física e espiritualmente — senão o corpo sofre. Eu poderia não ter voltado. Hoje eu incentivo as mulheres a se cuidarem e conto esse testemunho para glória de Deus!”, concluiu.