“Eu idolatrava meu pai, mas o perdi”, disse Tim em seu testemunho ao Eternity News. Sua história é uma inspiração a todos os que se apegam demais aos pais e se esquecem que Deus é um Pai “mais poderoso e mais amoroso” como Tim descreve.
“Eu não cresci num lar cristão e não íamos à igreja. O lado do meu pai era bastante religioso, mas o lado da minha mãe era ateu. E, quando eu tinha 25 anos, meu pai faleceu repentinamente. Ele tinha apenas 60 anos”, lembrou.
“Eu amava meu pai. Nós nunca discutimos. Ele era minha rocha enquanto eu crescia. E então ele se foi. A morte não é nada agradável, então eu culpei a Deus por ter levado meu pai. Eu senti raiva dele”, confessou.
‘Fundo do poço’
Depois da grande perda, Tim teve uma vida difícil: “Depois que meu pai faleceu, minha mãe ficou doente e ela foi hospitalizada por um período significativo de tempo”.
“Naquela época, eu trabalhava para uma grande organização em Adelaide, na Austrália, e eles me ofereceram um cargo em Sydney, mas eu disse que não poderia, pois tinha que cuidar da minha mãe”, relatou.
“Então, um ano depois, eles me ofereceram um cargo novamente e minha mãe disse que eu deveria ir. Foi realmente difícil. De repente, eu estava morando num pequeno apartamento em Erskineville, um subúrbio australiano, sem ninguém. E esse foi o meu segundo fundo do poço em pouco tempo”, continuou.
O trabalhar de Deus
Não muito tempo depois, Tim conta que um de seus primos o convidou para ir à igreja: “Eu disse tudo bem, eu não tinha nada a perder. Eu ainda estava com raiva de Deus por ter levado meu pai embora e queria respostas”.
A primeira vez que fui à igreja me senti muito desconfortável. Eu não me encaixava, então pensei em ir e encontrar uma igreja diferente. Nos meses seguintes, visitei 6 igrejas e, cada vez mais, me sentia intimidado, julgado e sem resposta”, lembrou.
“Então fui apresentado a Winnie. Ela me pediu para ir à sua igreja e eu disse que tudo bem. Era a igreja número 7. O pastor estava pregando sobre o livro de Jó e seu sofrimento. Isso começou a fluir dentro de mim. Depois, Winnie me deu alguns áudios sobre a vida de Jó e eu os ouvi depois do trabalho”, contou.
‘Havia alguém mais poderoso e amoroso que o meu pai’
“No domingo seguinte, voltei à igreja dela. Chamei o pastor após o culto e fomos sentar em um lugar quieto. Ele me fez algumas perguntas e as lágrimas começaram a rolar. Contei a ele sobre meu pai e foi um momento muito emocionante”, afirmou.
“Eu era um cara funcional e prático, mas percebi que o amor de Deus por mim era incondicional e me apaixonei por Ele naquele momento. Eu aceitei Jesus. Percebi que Ele era a minha rocha. Eu idolatrava meu pai e o perdi. Mas havia alguém ainda mais amoroso e poderoso do que meu pai”, estimou.
E esse foi o começo. Depois li o Evangelho de Marcos com um irmão da igreja. Me casei com Winnie. Continuei trabalhando no mundo corporativo durante 21 anos no total”, destacou.
‘O amor incondicional que recebemos de Deus’
“E foi no início dos meus 40 anos que comecei a questionar sobre o propósito e Deus em minha vida. Deus, o que quer que eu faça agora? Na época, o City Bible Forum me convidou para pregar o Evangelho às pessoas no meu local de trabalho”, contou.
“Eu disse sim e foi uma grande mudança em relação ao mundo corporativo, mas também uma verdadeira alegria. Percebi como os australianos precisam disso. Com o crescente ateísmo, como podemos alcançar as pessoas com a esperança de Jesus?”, questionou.
"Recentemente, iniciamos uma escola de evangelismo e temos muitos mentores. Estamos esperando que mais pessoas venham e sejam treinadas”, continuou.
“No ano passado, voltei a Adelaide para falar em um evento do City Bible Forum. Minha mãe e minhas irmãs estavam na multidão. Foi muito bom. Dou graças porque agora elas também são cristãs”, completou.
Tim conclui seu testemunho resumindo seu versículo bíblico preferido (1 Coríntios 13.4-7): “O amor é paciente e gentil. Não inveja, não se vangloria e não se orgulha. O amor sempre protege, confia, espera e persevera. Esse é o amor incondicional que recebemos de Deus e esse é o amor que podemos compartilhar”, finalizou.