Paulina cresceu em uma família cristã. Ela aceitou Jesus aos seis anos de idade, e desde criança, gostava de fazer as pessoas se sentirem bem.
“Os valores cristãos foram incorporados na nossa cultura familiar como ir à igreja, orar, ter hospitalidade e generosidade para com familiares e estranhos”, relembrou ela.
“Ter esse tipo de formação foi um privilégio absoluto e uma bênção. Mas também veio com um peso de expectativas”, acrescentou.
Paulina tinha uma boa relação com os amigos da escola e professores. Na faixa dos 20 anos, ela se casou e afirmou: “Isso deixou meu pai muito satisfeito”.
Embora sempre estivesse lutando para deixar todos orgulhosos, ela não estava satisfeita.
“Minha identidade se baseava em atender às expectativas dos outros”, confessou ela.
No entanto, Paulina contou: “Nos últimos anos, estou aprendendo a encontrar minha identidade em Cristo, e não na percepção que os outros têm de mim”.
Processo de autoconhecimento
Em 2016, Paulina começou seu próprio negócio na área de RH ajudando pequenas empresas e afirmou que sua compreensão da graça de Deus aumentou.
“Sempre gostei de ser querida, mas agora no trabalho tenho que tomar decisões difíceis, ter conversas difíceis e fazer coisas difíceis. Isso afeta o bem-estar das outras pessoas e a percepção que tenho de mim”, disse ela.
“Não gosto de fazer coisas difíceis. Mas isso me fez orar mais. Estou aprendendo a lembrar continuamente que minha identidade está no que Deus diz sobre mim, e não em como os outros me percebem ou em quantas tarefas posso cumprir”, acrescentou.
Pauline contou que em sua mesa de trabalho está a passagem bíblica de Provérbios 3:5-6: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas”.
“Eu acredito nessa palavra. Quando sinto o peso das muitas tarefas que não realizei, tento me lembrar de reconhecer Deus e deixá-lo endireitar meu caminho de maneiras que não consigo controlar ou compreender”, relatou Paulina.
Conhecendo o caráter de Deus
Estar envolvida em seu empreendimento fez com que ela refletisse mais sobre o coração e a generosidade de Deus.
“Isso me manteve de joelhos em oração. Eu costumava levar meus problemas a Deus e continuamente entregar a Ele as partes difíceis do meu negócio”, contou a empreendedora.
Pauline aprendeu que quando descansa no Senhor, seus medos diminuem. Ela tem duas amigas que se comprometeram a orar quinzenalmente com ela para que sua fé fosse fortalecida:
“É uma linda bênção. Elas são minhas guerreiras. Juntas oramos pelas dificuldades e lembramos umas às outras de permanecermos firmes em nossas verdadeiras identidades em Cristo”.
Se todos os meus negócios, que eu realmente amo, fossem encerrados amanhã, eu teria que aceitar. Isso não deveria medir meu valor como pessoa”, declarou ela.
E continuou: “Deus é soberano. Reconheço que os tempos podem ser difíceis, mas tenho que entender quem realmente sou”.
“Sei que o Senhor está trabalhando em meu coração, renovando minha mente e mudando minha compreensão de quem eu sou: filha de Deus”, afirmou Paulina.
Ela concluiu dizendo: “Agora estou entendendo que Deus me ama não por causa da minha posição ou da minha capacidade. Eu sou dele e mais nada importa. Jesus, em sua graça, está me ensinando um pouco de cada vez”.