A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (18), durante cerimônia no Palácio do Planalto, a criação de 12 milhões de vagas para estudantes na segunda etapa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
O Pronatec é um programa voltado para a capacitação profissional técnica de jovens e adultos. Foi criado em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos, com a meta de realizar 8 milhões de matrículas até o fim de 2014.
“Eu gostaria de dizer que nós defendemos uma segunda etapa do Pronatec, que oferecerá 12 milhões de vagas em 220 cursos técnicos e 640 cursos de qualificação a partir de 2015”, informou a presidente durante a solenidade de lançamento do “Pronatec 2.0”.
De acordo com levantamento do governo, das 7,27 milhões de matrículas da primeira fase, 5,28 milhões são de alunos que se declaram negros (72,6%). Segundo o levantamento, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados com mais alunos matriculados.
O Executivo federal informou que, durante a primeira etapa do programa, os cursos mais procurados foram os de auxiliar administrativo, operador de computador e almoxarife, entre os de duração curta (até dois meses). Entre os duração maior (dois a três anos), os mais procurados são os de técnico em segurança do trabalho, em logística e em informática.
Meta ‘factível’
Após o lançamento do “Pronatec 2.0”, o ministro da Educação, Henrique Paim, disse a jornalistas que a meta de matricular 12 milhões de estudantes na segunda fase do programa federal é “factível”, do ponto de vista do governo.
Segundo o titular da Educação, a meta estabelecida pode ser alcançada em razão do histórico de crescimento no número de matrículas no programa. Na avaliação de Paim, assim como a meta de 8 milhões até o fim deste ano será alcançada, as novas matrículas deverão ultrapassar as expectativas.
Henrique Paim explicou que os alunos que fizeram parte da primeira etapa do Pronatec poderão se matricular em cursos da segunda etapa, sem restrição.
Programa 'inclusivo'
Durante o lançamento da segunda etapa do programa, Dilma Rousseff afirmou que o Pronatec, do ponto de vista social, é inclusivo e, do ponto de vista econômico, interfere diretamente na produtividade das empresas ao qualificar os trabalhadores.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, avalizou a opinião da chefe do Executivo. Em discurso, ele disse que o programa torna a empresas brasileiras mais competitivas.
“Esses programas mostram melhor sintonia entre as políticas públicas e as necessidades da indústria brasileira, determinante para estimular o desenvolvimento do setor, o crescimento da economia e melhor na qualidade de vida dos trabalhadores”, observou Andrade.
Com cerca de 70% dos alunos matriculados se autodeclarando negros, o ministro da Educação destacou que o Pronatec atingiu seu objetivo com relação à inclusão e redução da desigualdade social. Na avaliação de Henrique Paim, o percentual de negros participantes da iniciativa federal mostra que todas as camadas sociais terão acesso ao ensino técnico por meio do programa de qualificação.