A câmera está posicionada para a cadeira separada exclusivamente para a entrevistada no escritório do Terra no centro do Rio. O fundo é branco, e, como uma boa diretora, ela logo sugere. “Gente, estou de branco, vamos trocar o fundo, pode?”. Assim é Clarissa Garotinho, a mulher e deputada federal mais votada do Brasil (335.061 votos), pelo Rio de Janeiro, e que, aos poucos, torna-se a nova representante do clã Garotinho-PR na política fluminense. Ela sabe de sua importância atual dentro do atual cenário político, de sua ascensão e, claro, da sua imagem.
Depois que aos 26 anos se elegeu vereadora pelo Rio, posteriormente deputada estadual e agora galgará passos em Brasília dentro da bancada de 34 deputados eleitos pelo PR, ela não só se firma como a renovação da política imposta por seus pais (Anthony e Rosinha), como trilha o próprio caminho rumo a realizar um sonho. “Eu sempre sonhei em ser prefeita do Rio de Janeiro”, confessa, sem reafirmar com todas as letras se estará no páreo em 2016 – provavelmente ao lado de Marcelo Freixo (Psol), Romário (PSB) e Pedro Paulo (PMDB), um dos nomes prováveis a ser indicados por Eduardo Paes.
“O que existe de melhor é você efetivamente realizar as coisas que você acredita, tirar os projetos do papel. É poder de maneira concreta mudar a vida das pessoas. Por isso eu sonho, sim, em um dia estar no executivo”, revela ao Terra a deputada federal que, há dois anos, confessa, cometeu o que considerou um equívoco de estar na chapa de Rodrigo Maia (DEM) como candidata a vice-prefeita.