Desde que retornou, Carpegiani nunca repetiu uma escalação no São Paulo

Desde que retornou, Carpegiani nunca repetiu uma escalação no São Paulo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:58

Desde que foi recontratado pelo São Paulo, em outubro do ano passado, o técnico Paulo César Carpegiani comandou a equipe em 16 partidas. Os números mostram que o desempenho é positivo: nove vitórias, dois empates e cinco derrotas, o que dá um aproveitamento de 60,41% dos pontos disputados. Mas uma curiosidade acompanha o treinador na sua segunda passagem pela equipe do Morumbi (a primeira foi em 1999): ele nunca repetiu os 11 titulares de um jogo para outro. Na atual temporada, nas cinco partidas da equipe no Paulistão, cinco formações diferentes.

Para uns, essa "rotatividade" é motivo suficiente para reeditar o apelido "Professor Pardal", sob alegação de que Carpegiani inventa em algumas partidas. Mas o treinador se defende, dizendo que em muitos jogos sofreu com os desfalques. E mais: que ainda busca um time considerado ideal para 2011.

- Eu não gosto de ficar mexendo a toda hora. Só a continuidade é que vai trazer o entrosamento necessário para uma equipe ganhar produtividade e conquistar resultados. Mas, em muitos casos, isso é impossível. No ano passado me lembro que, na partida contra o Ceará, por exemplo, não tive minha defesa inteira. Em outra, perdi o Ricardo Oliveira. Em outra, fiquei sem o Dagoberto. Teve jogo em que tive vários atletas suspensos. As dificuldades aparecem no dia a dia – ressaltou o treinador, em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM.

Só que a justificativa dos desfalques apresentada por Carpegiani não pode ser aplicada em alguns casos. À frente de um elenco que não possui um lateral-direito, um primeiro volante específico de marcação e um atacante que possa fazer o papel que foi de Ricardo Oliveira em 2010, ele tem feito experiências que não deram certo.

Na vitória por 4 a 3 sobre o Americana, por exemplo, Xandão fez o papel de falso lateral para que Jean pudesse ser aproveitado no meio. O resultado ficou longe do esperado e, após 45 minutos de caos no sistema defensivo, o treinador retornou para o segundo tempo com o camisa 2 na direita novamente. O time reagiu e venceu por 4 a 3. Na derrota para o Santos, no último domingo, Fernandão, em boa parte do tempo, jogou aberto pela direita, longe de suas melhores características. Enquanto isso, Dagoberto atuou como referência dentro da área. Fernandinho, atacante, tem se comportado quase como um ala, já que, além de ajudar na marcação, vem até o meio buscar a bola e ainda vai ao fundo para criar jogadas de perigo.

Essa "rotatividade" está longe de acabar. Carpegiani ainda espera pela chegada de mais reforços e pelos retornos de Casemiro e Lucas, que estão na seleção sub-20, para montar o time que considera ideal.

- Um pouco mais para a frente, acredito que finalmente terei a compactação que eu espero. Com os garotos da sub-20 e mais um ou dois reforços, poderei formar um time capaz de ter sequência e alcançar os resultados que todos esperam – concluiu.

Por: Marcelo Prado

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