Emerson, aos poucos, vai se transformando em titular absoluto e em uma das peças de maior destaque do Corinthians. Neste domingo, no clássico entre Timão e Santos, às 16h, no Pacaembu, o atacante reencontra um dos responsáveis pela última grande fase que viveu na carreira: Muricy Ramalho. Com ele no Fluminense, apesar das lesões, o Sheik fez gols e foi fundamental na conquista do do Campeonato Brasileiro de 2010.
- O relacionamento com o Muricy foi muito bom, excelente, eu diria. Aprendi muito, é um cara que tem um coração do tamanho do mundo, um cara do bem, além de ser o profissional que todos já sabem disse Sheik.
Muricy Ramalho orienta Emerson no Fluminense, em 2010 (Foto: Photocamera)
Sheik foi contratado pelo Tricolor carioca em junho do ano passado, dois meses depois de Muricy. A convivência não demorou a apresentar resultados. O atacante balançou as redes adversárias nos quatro primeiros jogos que realizou. Com o técnico no comando, aliás, ele anotou oito dos nove gols que fez pelo clube, o mais importante deles na vitória por 1 a 0 sobre o Guarani, no Engenhão, garantindo o título nacional o outro gol foi com Enderson Moreira.
O sucesso de ambos pelo Fluminense, porém, foi curto. Logo em março de 2011, Muricy Ramalho pediu demissão após o empate sem gols contra o Flamengo, alegando falta de estrutura para realizar seu trabalho. Emerson também não duraria muito. Em maio, o atacante causou uma grande confusão ao cantar uma música alusiva ao rival rubro-negro no ônibus que levava a delegação para uma partida contra o Argentinos Juniors, pela Taça Libertadores. Resultado: contrato rescindido. - Quando o Muricy saiu do Fluminense, fiquei muito triste. Pensei em sair junto. Tenho um respeito muito grande, gosto muito dele, do Tata (auxiliar técnico). São pessoas vencedoras acrescentou o atacante, que disputou apenas 20 jogos pelo Flu.
A relação de técnico e jogador era tão boa que Muricy Ramalho criou até um apelido para Emerson.
O jogador prefere não revelar a alcunha. Após entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, mesmo com as câmeras desligadas, Sheik preferiu manter o segredo.
- A maneira que ele me chamava não posso falar. Vai ficar esquisito (risos) desconversou o atacante, sondado pelo Santos antes de fechar com o Timão, por indicação de Muricy.
Agora em lados opostos, Emerson quer esquecer a boa convivência com o comandante. A meta é manter o Corinthians na liderança do Brasileirão diante do último campeão da Libertadores.
- É uma motivação a mais pelo grupo, pela história, pelo treinador e pelos atletas de alto nível que o Santos têm. É uma vitória que nos dá moral para continuar o trabalho.