O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, indicado como herdeiro político do presidente Hugo Chávez, disse nesta quarta-feira (9) que a presidente Dilma Rousseff tem plena confiança na democracia da Venezuela.
Em reunião com vários chanceleres e diplomatas da região após a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de reconhecer a permanência do governo venezuelano, mesmo diante da ausência de Chávez, o vice-presidente informou que durante conversa por telefone Dilma Rousseff "manifestou sua plena confiança no desenvolvimento da democracia venezuelana".
O TSJ autorizou nesta quarta-feira que Chávez, doente em Cuba, atrase sua nova posse, prevista para quinta-feira, até que sua saúde lhe permita prestar juramento perante a máxima instância judicial venezuelana.
O Supremo considerou ainda que o governo pode continuar no poder além de 10 de janeiro, data em que termina o atual mandato constitucional, com base no "princípio de continuidade administrativa".
Chávez partiu para Havana há um mês, onde se submeteu à quarta cirurgia contra um câncer, e desde então os venezuelanos não veem imagens dele, nem ouvem suas palavras.
O presidente, de 58 anos e desde 1999 no poder, enfrenta uma infecção pulmonar surgida após a operação.
Segundo o último boletim médico divulgado na segunda-feira pelo governo, o mandatário "está em uma situação estacionária" em seu quadro de insuficiência respiratória, desencadeada após a cirurgia contra o câncer no dia 11 de dezembro.